segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Por que não usar flash em shows e espetáculos de palco

Autor: Claudia Regina
Site: http://www.dicasdefotografia.com.br/por-que-nao-usar-flash-em-shows-e-espetaculos-de-palco

Nos últimos dias tive duas experiências interessantes relacionadas ao (mal) uso de flash. Assisti uma apresentação de Balé em um teatro e também vi a reapresentação do show do Bon Jovi no seu canal do Youtube. Nas duas situações percebi muitas pessoas usando flash em suas câmeras.
Embora já exista um artigo da Karina Santiago sobre fotografia de palco no DDF (dicas de fotografia) e aqui neste Blog  http://julioatila.blogspot.com/  resolvi bater um pouco mais nessa tecla. Quando comentei sobre esse assunto com o meu marido ele falou: “mas as pessoas que fazem fotos assim não são o seu público, quem visita o DDF já entende um pouco de fotografia e não faz esse tipo de coisa.” Quem me dera! Lembro que no início do Wedding Brasil, onde teoricamente temos profissionais de fotografia, houve uma apresentação de dança e até lá vi gente usando o flash!

Todo mundo quer guardar um pouco de Bon Jovi

Então vamos ao que interessa: por que não usar o flash em shows, teatro, dança e outras apresentações de palco?

1. Não adianta
Não entendo como as pessoas que usam flash nessas situações não percebem: não adianta nada! A não ser que você esteja a 1 metro do palco o seu flash não vai ter força suficiente para iluminar o assunto de forma que faça diferença na foto final, principalmente se estamos falando de câmeras compactas! O flash, nessas situações, só serve para iluminar as cabeças de quem está na sua frente.

2. Se funccionar estraga o clima
Digamos que você tem um flash potente e está perto do palco: o flash até vai chegar no seu assunto, mas vai acabar com toda a iluminação planejada para aquela apresentação. Resultado: sua foto vai ficar com cara de ensaio, com toda aquela iluminação pensada pelos engenheiros de luz destruída e transformada em uma única luz feia a uniforme. É isso que você quer? Não, né?
As luzes de palco são sempre bastante fortes e planejadas para criar o clima específico daquela apresentação. Embora o ambiente pareça escuro (pois o público fica na escuridão mesmo) ninguém precisa de flash, confia em mim. Se a foto saiu borrada é porque você está longe demais ou sua câmera não aguenta a situação, então não há o que fazer. Pare de tirar fotos e assista.

3. É falta de respeito
Embora as duas razões anteriores sejam fotograficamente importantes a terceira é pra mim a mais: tem a ver com uma palavrinha chamada respeito.
O flash piscando atrapalha quem está se apresentando (principalmente quando estamos falando de apresentações em que é preciso muita concentração, como o Balé) e atrapalha quem está querendo assistir.
Até mesmo em um show como o do Bon Jovi, que possui efeitos mais malucos e piscantes de luzes, os flashes atrapalham. Me irritei quando vi que a iluminação no início de uma música estava bem pontual, e lá vinham os flashes iluminar tudo e picar nas sombras, estragando todo o clima.
No balé fiquei indignada com a falta de educação das pessoas usando o flash: a apresentação que vi era baseada no breu total, e os dançarinos podiam se atrapalhar graças aos folgados que estavam jogando sua luz inútil na direção deles. Eu, como público, já me desconcentrava a cada piscadela!
Respeito por quem está se apresentando e por quem está assistindo com você é o principal motivo para não usar flash.

4. Você está lá para fotografar ou assistir?
Se você foi contratado para fotografar um espetáculo, tudo bem: é só ler o artigo aqui neste blog  "Como fotografar shows e espetáculos"  da Karina para conseguir fotos de qualidade. Mas se você está lá como público… pra quê fotografar? Vejo pessoas que ficam um show inteiro com a câmera na mão! As fotos ficam horríveis e você não aproveita o momento. Cadê o bom senso? Tire uma foto pra “provar” que esteve lá para seus amigos mas depois pare e assista. É para isso que você está lá, afinal.

5. "Não sei desligar" não é desculpa
Quem usa a câmera sempre no automático não sabe nem como desligar o flash. O que custa ler só isso no manual? Só isso, por favor.

Se você já sabe isso tudo aproveite para explicar essas dicas para todos os seus amigos. Vamos tentar acabar com essa mania de usar flash em espetáculos? Já está beirando o ridículo :(

ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

domingo, 21 de novembro de 2010

Dicas de Fotografia - Como Fotografar Shows e Espetáculos

Como fotografar Shows e Espetáculos por

 Karina Santiago


Este é um artigo escrito por  Karina Santiago publicado por Claudia Regina no site:
http://www.dicasdefotografia.com.br/como-fotografar-shows-e-espetaculos

Atendendo ao generoso convite da Claudia Regina vou passar pra vocês algumas dicas de como fotografar shows e espetáculos teatrais. Me especializei nessa área por também trabalhar como produtora musical e ter cursado algumas matérias de Artes Cênicas na Universidade de Brasília. Acabei então juntando todas as paixões e atualmente esse tipo de foto é 95% de todo meu trabalho fotográfico.
Vejo muitas fotos de shows e espetáculos que são um desastre. Pra ser sincera, a maioria. Vem de erros básicos como ISO e velocidade. A busca da facilidade de se usar um ISO alto acaba com qualquer foto de show.

Brinco sempre que essa é uma área da fotografia amiga da dor. Porque sair de uma sessão de fotos de show ou espetáculo é sair de um grande desgaste do braço, um “acessório” determinante nas fotos.
1.Equipamento
Em shows e espetáculos, as condições de iluminação são críticas e o uso de flash é totalmente desaconselhável, na maior parte das vezes, por vários motivos. O principal deles é que provavelmente você vai incomodar àqueles que assistem e os que se apresentam. Em peças teatrais é proibido o uso do flash. O segundo é que o flash vai tirar todo o clima da apresentação. O uso de objetivas claras é uma necessidade, caso contrário compensar isso será bem complicado, mas não impossível. Uma tele-objetiva é necessária porque dependendo da altura do palco o ideal é estar mais afastado para não se ter apenas fotos de baixo pra cima.

2.ISO
O principal erro que se pode cometer para esse tipo de fotografia é colocar um ISO muito alto. Devido à quantidade de áreas de sombra que normalmente existem, tratando-se de iluminação de palco, o ruído vai estragar sua imagem. Então eu sempre aconselho que se use ISO máximo 800 e em casos extremos 1000. Mais que isso você não mais terá uma foto excelente (perfeita), por melhor que seja o redutor de ruído da sua câmera. Lembre-se: você está fotogrando um motivo cuja iluminação foi pensada para criar áreas claras e áreas de sombra dura. Evite ter uma foto com todas as partes claras, a sombra é sua amiga.

Abaixo um exemplo de foto (à esquerda) com ruído e (à direita):

Peça O Direito Ao Grito

3. Abertura
É preciso fotografar 100% manual pois usando qualquer outro tipo de programa da máquina fica inviável o controle absoluto. A abertura vai depender da sua objetiva, mas mesmo que tenha uma f/2.8 ou maior eu não aconselho o uso de uma abertura tão grande a não ser que seja um close. Caso contrário você terá o foco numa área muito restrita pois a profundidade de campo será pequena. Uso sempre abertura por volta f/4.0, quando quero deixar apenas uma pessoa focada e abertura f/8.0 pra mais de uma.

Abertura f/4.0, primeiro plano focado:

Espetáculo Dingou Béus – Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo


Abertura f/8.0 com todos os artistas focados:

Espetáculo Sexo, a Comédia – Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo

4. Velocidade
É geralmente aqui em que a dificuldade aparece. Não dá pra fotografar shows e espetáculos com tripé, porque a movimentação do artista inviabiliza a máquina parada. Só que com ISO em no máximo 800 e abertura não tão grande, a velocidade tem que ser baixa e aí haja braço. Sim, o segredo pra uma boa foto de show é o braço. Jamais menos de 1/30, mesmo com IS, porque o próprio movimento do artista vai estragar sua foto. 1/40 é uma velocidade boa se você não estiver usando uma tele, caso contrário 1/100 com uma objetiva entre 200 e 400mm. Infelizmente achar a velocidade ideal dependendo da luz de palco, vem com a prática, pois o gráfico em nada vai te ajudar e provavelmente mostrará uma falsa subexposição, assim como o fotômetro. Alguns movimentos são benéficos, como mãos ou o instrumento se movendo. Esse tipo de movimento é seu amigo, não se preocupe com uma imagem 100% estática. Mas lembre-se que o rosto precisa estar estático.



Show Marco Lobo Quinteto

5. Enquadramento
Nada melhor do que a boa e velha regra dos terços para determinar um bom enquadramento. O uso dessa regra te dará pelo menos 70% de chance de acertar. Estude-a e use, não só pra fotos de espetáculos e shows, mas para fotos em geral. Vejo muitos problemas de enquadramento que seriam resolvidos pelo simples conhecimento dessa regra. Cuidado para não colocar na linha imaginária inferior e ficar com um quadro estranho.
Aprenda aqui como utilizar a regra dos terços na fotografia.

Show Kleiton e Kledir


6. Qualidade da Foto
Fotografar em RAW vai facilitar muito caso você tenha uma iluminação muito fraca e precise clarear a foto na pós produção. Não gosto de recorrer a esse recurso, mas às vezes é necessário. Então nesse ponto o Adobe Lightroom vai salvar sua vida se você tiver fotografado em RAW. Mesmo porque em JPEG provavelmente a máquina vai interpretar a luz como quiser e você não terá um resultado real. Caso preciso usar o Lightroom, use os recursos de Fill Light e Blacks, além de poder aumentar um pouco a exposição.


7. Pontos gerais a serem observados
Evite inclinar a linha do horizonte. Muitas pessoas pensam que isso vai dar “movimento” à foto e o que se tem é, na maior parte das vezes, apenas uma imagem brega;
Nem sempre o artista em primeiro plano deve ser seu motivo principal. Olhe com carinho para todos os músicos em palco;

No final do show ou espetáculo sempre haverá uma saudação final, fique atento para pegar esse momento;
Aquele momento especial vai surgir rapidamente, então esteja a postos;

Cuidado com iluminação vermelha, ela não é muito bem interpretada nos sensores das máquinas digitais;
Vai publicar a foto na internet? Marca d’água nela. Esse tipo de imagem é uma das que mais são “roubadas”. Tenha também o cuidado de colocar suas informações nos Metadados de cada foto;

Prática é tudo porque os recursos da máquina não te ajudarão muito. Então treine o olhar, veja o trabalho, analise velocidade e abertura e acostume-se a ser um “fotômetro”.

No mais, boas fotos e bom show.


Show Pedro Vasconcellos e Eduardo Belo

Karina Santiago. Veja as fotos dela em www.picasaweb.com/karinasantiago.


ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS


sábado, 6 de novembro de 2010

Josep Ruaix Duran (J.R. Duran)

Josep Ruaix Duran, conhecido como J.R. Duran, (Barcelona, 22 de julho de 1952) é um fotógrafo brasileiro nascido na Espanha.
No Brasil desde 1970 e com estúdio montado em São Paulo, a partir de1979, começou a fotografar para revistas de moda como Vogue e Elle Brasil. Ao mesmo tempo começou a trabalhar para agências de publicidade como DPZ, McCann, Thompson, Talent para clientes como Johnson & Johnson, General Motors, Volkswagen, Souza Cruz, British American Tabacco e outros.
Em 1984 realizou sua primeira exposição, Beijos Roubados, na Galeria Paulo Figueiredo, em São Paulo.
Ganhou sete prêmios Abril de Jornalismo. Foi capa da edição nacional da Veja em janeiro de 1988, com o titulo O Mago das Lentes.
Tem ensaios a respeito de seu trabalhos publicados nas revistas Forum (alemã), Zoom (edições francesa, italiana e japonesa), Man (espanhola) e Photo (francesa).
Em 1989 mudou-se para os Estados Unidos, onde trabalhou para Harper's Bazaar USA,  Elle (edições francesa, inglesa, italiana e espanhola), Mademoiselle, Glamour, Tatler, Vogue (alemã), assim como para agências de publicidade como Grey, Saatchi & Saatchi, DDB e outras.

Em 1994 realizou sua segunda exposição, Passageiro Distante, na Galeria São Paulo. Em 1995 voltou a viver no Brasil.
Publicou os livros As melhores fotos e 18 Fotos. Em 2000 lançou o romance Lisboa.
No Brasil, realizou campanhas para Intelig, cigarro Charm, cerveja Kaiser, Embratel, Telesp, Banco do Brasil, cigarro Free, Antartica, Martini, Motorola, Lojas Riachuelo, Credicard, Hering, Banco Real, Banco do Brasil, Banco Itaú, Telefonica, Sadia, McCafé. No mesmo ano inaugurou a exposição de fotografias JRDURAN, no Musseu de Arte Brasileira da FAAP. Atualmente reside em São Paulo.

Texto tirado da enciclopédia livre - Wikipédia


Imagens de J. R. Duran
















































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