sábado, 26 de abril de 2014

Silhueta, como fazer?

ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

(matéria publicada no site http://fotodicasbrasil.com.br/silhueta-como-fazer/)



Silhueta, como fazer?


Voltamos com as dicas de como fotografar situações específicas. Hoje ensinaremos como você pode fazer belas fotografias de silhuetas. Interessante, não é mesmo? As fotos de silhuetas ficam muito bonitas quando bem feitas e é isso que você fará quando tiver um pouco de prática e se seguir nossas dicas.

Capriche e faça belas fotos de sua família, seus amigos e até de pessoas que contratem você para fins comerciais.  Não tenha medo de treinar, invista uma parte do seu tempo para isso e verá que no final valeu muito a pena.


Vamos ao trabalho?



Para fazer fotos desse tipo, você precisará, antes de tudo, colocar o assunto em frente a uma luz e deverá configurar a exposição para o fundo e não para o objeto. Isso porque é ao fundo que estará a luz, é ela que fará a silhueta no assunto fotografado e o deixará subexposto. Fantástico e não muito difícil de fazer, bastam apenas algumas configurações. Agora, as dicas.

Dicas práticas e simples para fotografar silhuetas

Você precisa escolher um assunto forte, que se destaque mesmo em preto. Isso porque a silhueta irá deixar o objeto ou assunto nesta cor e, se ele não tiver essa força, não chamará a atenção, já que a câmera irá focar na luz e não no objeto. Prefira imagens que tenham forma bem definida também, para que seja bem entendido o que é o assunto na fotografia.

Desligue o flash para fotografar silhuetas. Precisaremos desabilitar esse recurso porque não queremos a imagem iluminada, pelo contrário, desejamos menos luz possível nela.

Como citamos anteriormente, o objeto precisa ficar atrás de uma fonte de luz. Então, o assunto precisa ficar atrás de uma luz artificial ou natural, entre a câmera e essa luz. Dessa forma o objeto ficará escuro e a luz é que será fotografada em primeiro plano.


Normalmente as fotos de silhueta são feitas com a luz do pôr do sol. Não necessariamente precisam ser feitas com pessoas, você pode enquadrar qualquer forma de paisagem ou inserir um objeto em frente ao sol se pondo para obter esse efeito. O pôr do sol é um excelente plano de fundo para esse tipo de fotografia, com a iluminação ideal.


Para fotografar várias silhuetas em uma mesma imagem, você precisa tomar muito cuidado para que elas não fiquem todas unidas, precisa que todas elas fiquem bem distintas e identificáveis. Por isso, precisa separar os assuntos, assim cada um terá a sua forma preservada.


Precisaremos enganar a câmera automática para fazer fotos desse modo. Isso porque ela vai iluminar o assunto e a silhueta não ficará visível. Como faremos isso? Apontando a câmera para a luz e dando um meio click, fazendo com que ela meça a iluminação do ambiente. Não solte nem aperte o botão e aponte a câmera agora para o assunto, fazendo o disparo definitivo.

Nas câmeras manuais, o que fazemos é aumentar a velocidade do obturador para que o objeto fique mais escuro. Faça testes com várias velocidades e escolha a que mais escurecer o objeto, fazendo a silhueta mais definida. Você pode, também, utilizar a mesma técnica de enganar a câmera, se preferir.

Com o meio click, a câmera não somente medirá a luz, ela também ajustará o foco e dará mais nitidez à fotografia. Desse jeito, o plano de fundo iluminado ficará nítido e os assuntos ficarão desfocados. Você pode corrigir esse desfocamento se tiver foco manual ou então diminuir o valor de f (abertura do diafragma), fazendo com que a profundidade de campo (DOF) seja aumentada e assim tendo tanto o assunto quando o plano de fundo focados.

© Foto Dicas Brasil


Você pode também aumentar o contraste entre a iluminação de fundo e as silhuetas com os editores de imagem. Não é pecado nenhum, pelo contrário, é prática comum entre muitos fotógrafos. Faça isso nas opções de controle de exposição e iluminação. Mas, preste atenção! Nada de exageros, faça apenas leves mudanças de contraste para dar os toques finais, preservando a imagem original. No Photoshop, você pode se utilizar da ferramenta Burn e obter excelentes resultados.

Os valores de ISO precisam ser baixos para que a imagem fique subexposta. Se você deixar um valor mais alto, a imagem toda ficará escura e você não conseguirá distinguir a silhueta. Se usar um valor muito baixo, ela ficará muito clara, superexposta e o objetivo de silhueta não será atingido.

Não tenha medo de improvisar. Você pode deitar no chão e fazer lindas imagens de silhuetas enquadrando pessoas em frente ao céu azul. Vitrais de igrejas são também excelentes formas de produzir silhuetas fantásticas. Vale colocar o assunto na frente de qualquer fonte de iluminação. Seja criativo!

Eu sei que as nossas referências são, na maioria das vezes, imagens com o entardecer como a maioria que ilustraram este artigo até aqui, mas para mostrar que é possível fazer um trabalho diferente e ainda incrível, seguem três exemplos que podem te inspirar a começar um projeto fotográfico!

O fotógrafo suíço Phillipp Schmidli utilizou a mesma técnica para tirar uma foto em homenagem ao filme E.TS.

© Phillipp Schmidli


O fotógrafo zimbabuano Brendon Cremer mostra a silhueta dos maiores e principais animais de parques ecológicos africanos em suas fotos.
© Brendon Cremer


E o fotógrafo inglês Jasper James, que tem um projeto de fotografias de cidades através de silhuetas, o “City Silhouettes” que vale muito a pena conhecer.
© Jasper James


Bom, faça de sua câmera um brinquedo que merece tempo para ser descoberto. Faça testes e descubra suas próprias técnicas para obter silhuetas perfeitas! 

A foto em destaque é a “Moon Silhouettes” de Mark Gee.

ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS



quinta-feira, 24 de abril de 2014

A regulamentação da profissão de fotógrafo


ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

(Matéria publicada no site http://photos.uol.com.br/)

 Por : Paula Menezes do Portal Photos  

(http://photos.uol.com.br/materias/ver/95204).

 

A regulamentação da profissão de fotógrafo

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.176/2011 (leia a íntegra). Em breve, este Projeto de Lei será enviado para votação no Plenário e, após a sanção da Presidente, entrará em vigor.

Mas, o que significa exatamente a regulamentação proposta? Quais a vantagens da regulamentação para os fotógrafos? E quais as desvantagens?

Quando uma lei regulamenta uma profissão, define o que é essa profissão e quem está apto a exercê-la. Além de poder definir e regular outros detalhes inerentes à atividade em questão.

É exatamente isso o que faz o PL 2.176/2011 faz, ou seja, define que é fotógrafo profissional[1] aquele que, com o uso da luz, registra imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível ou meios digitais, com a utilização de equipamentos óticos apropriados, seguindo o processo manual, eletromecânico e da informática até o final acabamento.

O Projeto de Lei 2.176/2011 também regulamenta quem está apto a exercer a profissão de fotógrafo. Todos aqueles que se formarem em fotografia no ensino superior ou técnico, por instituições devidamente reconhecidas. Os que não tiverem diploma deverão comprovar o exercício da profissão por dois anos antes da entrada da lei em vigor.

De acordo com o PL 2.176/2011, a atividade profissional de fotógrafo compreende:

(i) a fotografia realizada por empresa especializada, inclusive em serviços externos;

(ii) a fotografia produzida para ensino técnico e científico;

(iii) a fotografia produzida para efeitos industriais, comerciais e de pesquisa;

(iv) a fotografia produzida para publicidade, divulgação e informação ao público;

(v) o ensino de fotografia; e,

(vi) a fotografia em outros serviços correlatos.

 

A discussão sobre as vantagens e desvantagens desse Projeto de Lei é muito ampla. Se uns dizem que a regulamentação vai trazer proteção aos fotógrafos, outros alegam que é um protecionismo desnecessário.

Há quem entenda que a regulamentação vai incentivar o surgimento de Leis que possibilitem vantagens fiscais aos profissionais. Muitos dizem justamente o contrário: que a regulamentação vai propiciar uma tributação mais rígida aos fotógrafos e consequentemente provocará um aumento de seus custos.

Enquanto alguns entendem que a regulamentação trará maior segurança aos profissionais da fotografia, como por exemplo, garantia de aposentadoria e outros benefício do INSS, outros defendem que vai aumentar a burocracia para o exercício da profissão.

Muitos fotógrafos acreditam que a regulamentação trará uma maior valorização à profissão. Porém, há um grupo que entende que, na verdade, trata-se de um protecionismo desnecessário, que poderá impedir o desenvolvimento profissional de um amador, gerando uma reserva de mercado indesejada.

O assunto é realmente polêmico.

Questiona-se se a profissão de fotógrafo é realmente tão desvalorizada quanto alguns dizem ser. E se for, será que a regulamentação será suficiente para alterar essa situação?

Outra questão é: a simples abertura de uma empresa dentro das normas legais não seria suficiente para caracterizar o exercício profissional da fotografia? E com relação ao profissional autônomo? Se este recolhe seus impostos, contribuições e taxas, já não é um profissional? Será preciso uma lei que diga isso?

Enfim, o Projeto de Lei 2.176/2011 não prevê a forma como deverá ser realizada a “inscrição” dos fotógrafos, nem quanto tempo um fotógrafo terá para regularizar sua situação profissional após o início da vigência da lei. Tudo isso ainda terá que ser regulamentado após a aprovação do Projeto, o que demora tanto quanto a aprovação do próprio PL.

De qualquer forma, vamos acompanhar de perto os desdobramentos do assunto, para mantê-los atualizados.

[1] O atual texto do PL 2.176/2011 exclui o exercício da função de repórter-fotográfico de sua regulamentação.
 
ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS