sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Boas Festas, Feliz Natal e próspero Ano Novo!

ATILA PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

BOAS FESTAS!

Desejo a Todos um ótimo Natal, cheio de alegrias, harmonia e tudo que a nossa caixinha de sonhos nos faz acreditar,

Que esse Ano Novo que se aproxima seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita paz para nosso mundo.

Feliz Natal e próspero Ano Novo!




quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Modos de cena/disparo da sua câmara

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS


Conheça todos os modos de cena/disparo da sua câmera.

Fonte e crédito das fotos site: http://www.detonablog.com.br/


        










Você conhece todos os modos de cena/disparo da sua câmera? Saiba para que eles servem e quando você deve usar cada um deles para obter os melhores resultados.

Você comprou uma câmera nova, mas não sabe exatamente como aproveitar melhor os recursos que ela traz? Neste artigo falaremos sobre os modos de cena/disparo existentes na maior parte das máquinas fotográficas, qual é a função de cada um deles e quando é melhor utilizar um ou outro. Sabendo isso, vai ser muito mais fácil para você conseguir melhores resultados, não importando se a sua câmera é compacta ou profissional.

O que são os Modos de cena/disparo?

Os modos de cena/disparo são ajustes que já vem pré-definidos nas câmeras digitais e facilitam as fotografias em diversas situações. Para mudar o modo de cena em uma câmera é muito fácil, basta você girar ou mudar um botão e selecionar o modo que mais se aplica à sua situação no momento da fotografia.

Conceitos básicos

A melhor forma de entender o mecanismo básico de uma câmera é pensar no olho humano como comparação. Seja ela digital ou analógica, alguns conceitos fundamentais podem ser entendidos melhor desta forma.

Por exemplo, se você pensar na íris do seu olho é mais fácil para entender o que é o diafragma da câmera. Ele é o responsável por abrir e fechar a passagem de luz na lente, e pode estar bem aberto ou mais fechado. Veja a imagem para entender melhor:





Quanto mais aberto o obturador estiver, mais luz passa por ele, em menos tempo. Essa medida é mostrada em um número desta forma: “f/5.6”, sendo que quanto maior o número, menor a abertura e quanto menor for o número, mais aberto o diafragma se encontra. Se o tamanho desta abertura for muito pequeno, é preciso mais tempo com ele aberto para capturar a quantidade necessária de luz para a fotografia. Esse tempo se chama “exposição”.
Por exemplo, se o obturador estiver quase fechado, é preciso muito mais tempo de exposição para que seja possível ver algo no resultado final. É possível ajustar esse tempo para vários segundos, e em algumas câmeras, até minutos. Essas duas variáveis andam sempre juntas e são inversamente proporcionais: quanto mais aberto o obturador estiver, menos tempo de exposição é preciso. Quanto menos aberto, mais tempo.

Manual x Automático

Existem dois modos principais de ajustes em uma câmera: manual e automático. Se a sua câmera possui um menu circular (como o da imagem a seguir), com os modos de disparo desenhados nela, é fácil saber qual é qual: o manual é geralmente marcado por um “M” e o automático pode ter vários nomes (auto, smart, etc…), e normalmente o seu ícone é verde ou azul, diferente dos outros.




No modo manual, todos os ajustes são feitos pelo fotógrafo, e a câmera apenas obedece ao que foi pedido. É preciso um domínio um pouco maior de fotografia para conseguir bons resultados desta forma, porém com treino e determinação é possível aprender.

Os principais ajustes que precisam ser feitos são a abertura, a velocidade, o foco, o ISO e o balanço de brancos. É claro que existem outros, porém esses são bem importantes, e aprender a controlar cada um deles manualmente é fundamental.

Nem todas as câmeras possuem o modo manual completamente manual. Isto é, algumas compactas permitem que você ajuste ISO, balanço de brancos, área do foco e algumas vezes até a velocidade do disparo, porém outros ajustes são feitos por ela. Outras câmeras oferecem um modo no qual você faz todos os ajustes, menos a abertura e a velocidade. No menu circular, ele é marcado com um “P”.

Já no modo automático, todos os ajustes são feitos pela câmera, que “percebe” o ambiente e faz os cálculos necessários sozinha. Funciona? Sim, funciona, porém não com a mesma precisão do ajuste manual. Isso por que os ajustes que ela faz são programados para uma situação semelhante à que está acontecendo, mas poderiam ser melhorados ainda mais.




Prioridade de abertura e velocidade: modos “semimanuais”

Se você considera muito complicado saber balancear a abertura e a velocidade, existem soluções que podem ser muito úteis, são os modos de prioridade. Isso quer dizer que você ajusta um deles e a câmera ajusta o outro! No menu circular, eles geralmente vêm com as letras “S” e “A”.

A prioridade à abertura é geralmente mostrada por um “A” ou “Av”, e desta forma você ajusta o quanto o obturador se abrirá, e a câmera ajusta o tempo necessário de exposição para que seja possível fotografar com as condições de luz do ambiente. Todas as outras configurações podem ser feitas manualmente.

A abertura do diafragma interfere diretamente na “profundidade de campo” da fotografia. Ou seja, uma abertura pequena, vai resultar em uma profundidade maior, e mais regiões da foto vão estar focadas. Já aberturas maiores, resultam em fotografias com pontos mais específicos de foco, pois a sua profundidade de campo é menor. Veja a diferença:



Use o modo de prioridade de abertura quando você quiser controlar a profundidade de campo, para mostrar detalhes ou a cena toda. Em alguns momentos, será preciso uma velocidade muito pequena, com o tempo de exposição grande demais. Use um tripé, nesses casos, se quiser a foto nítida.

Já no modo de prioridade de velocidade (“S” ou “Tv”), você controla a velocidade e a máquina controla a abertura. Use essa configuração para os momentos em que você precisa capturar movimentos. Por exemplo, para fotografar alguém que esteja correndo, se você usar uma velocidade grande (1/2500), por exemplo, a pessoa ficará completamente nítida. Já uma velocidade menor dará a noção de movimento, com algumas partes borradas.



Modos programados: quando usar?

Você já deve ter notado alguns outros modos na sua câmera, marcados por ícones como uma florzinha, duas montanhas, uma pessoa, uma lua, etc… Isso varia de fabricante para fabricante, sendo que existem máquinas com dezenas de ajustes pré-programados, e outras apenas com os mais básicos.

É importante ler o manual da sua máquina para saber exatamente o que cada um faz, porém nós vamos dar uma ajuda e mostrar os principais modos programados (“macro”, “esportes”, “paisagem”, “noturno” e “retrato”) que você pode encontrar na sua câmera, e em quais situações você pode usar cada um deles.


Macro


O “macro”, marcado com o ícone de uma flor, é um dos modos preferidos de quem está começando a fotografar, isso por que o seu efeito é muito bonito visualmente. As fotos no modo “macro” ficam bem nítidas no primeiro plano e borradas ao fundo, o que é perfeito para mostrar detalhes. Os personagens preferidos de quem fotografa assim são as flores e os insetos.

Esse modo prioriza a abertura, fazendo com que a profundidade de campo seja bem pequena, e todo o resto que não seja o objeto principal fique desfocado. Para que os resultados do macro sejam mais visíveis, a sua lente precisa conseguir captar a poucas distâncias, e se você preferir pode usar o zoom.



Se você for fotografar pessoas, priorize outros modos, como o “retrato”, pois esse é especialmente desenvolvido e dá mais resultados quando o objeto focado é pequeno. Porém lembre-se: nada na fotografia é realmente proibido, portanto se você quiser experimentar novos resultados, vá em frente!


Esportes



Ao contrário do “macro”, o modo “esportes” prioriza a velocidade ao tirar uma foto. Geralmente indicado pelo ícone de uma pessoa correndo, essa configuração da câmera é ótima para quando o objeto está se movendo.

Apesar do nome, não quer dizer que ele seja adequado apenas para fotografar eventos esportivos. Você pode usá-lo, por exemplo, para tirar fotos dos seus filhos. Crianças dificilmente param para serem fotografadas, e com esse modo as chances de conseguir uma foto nítida são maiores.



Apesar do nome, não quer dizer que ele seja adequado apenas para fotografar eventos esportivos. Você pode usá-lo, por exemplo, para tirar fotos dos seus filhos. Crianças dificilmente param para serem fotografadas, e com esse modo as chances de conseguir uma foto nítida são maiores.

Paisagem


O nome deste modo de disparo diz muito sobre a sua utilidade. Se você deseja fotografar grandes áreas, como paisagens, é esse o modo de disparo ideal! Geralmente o ícone deste modo na máquina são duas montanhas, indicando que o seu objetivo principal é capturar objetos muito grandes.

Pode ser uma vista bonita, um grupo grande de pessoas ou qualquer área aberta que precise estar inteiramente focada. A câmera, neste modo de disparo, faz exatamente o contrário do que acontece no “macro”. Ela ajusta a abertura do obturador de forma a deixar a profundidade de campo bastante grande, e focar a maior área possível na fotografia.

Por usar uma abertura muito pequena, em alguns ambientes pode ser preciso usar um tripé, pois a velocidade de disparo será muito pequena, resultando em mais tempo de exposição. Tome cuidado também com o ISO, se o ambiente estiver muito escuro, a foto pode ficar granulada.

Noturno


Muitas pessoas reclamam que, quando fotografam no modo “noturno” (mostrado com o ícone de uma lua), a imagem sempre treme. Isso acontece, pois nesse tipo de disparo a câmera vai ajustar uma exposição maior, e se a máquina não for apoiada em algum lugar, é bem provável que a foto fique mesmo tremida. Portanto, ao fotografar no modo “noturno”, procure sempre usar um tripé ou apoio.

Uma alternativa usada por muitas câmeras é usar sempre o flash. Não é uma regra, porém é bastante comum. Dessa forma, o tempo de exposição pode ser menor e a cena é retratada sem borrões. Porém, tome cuidado: o flash pode realçar imperfeições da pele, ou deixar a foto “chapada”, isto é, sem profundidade.

Outro problema de se usar o flash é que ele ilumina o que está mais perto da máquina, portanto, para grandes distâncias o efeito pode ser o contrário do desejado, deixando o fundo escuro demais. Paisagens fotografadas no modo “noturno” com flash dificilmente vão ficar boas. Para esses casos, use o modo “paisagem” com a máquina apoiada em um tripé.

Retrato



O modo “retrato”, indicado pelo ícone de uma pessoa, é bem parecido com o “macro”, porém a sua profundidade de campo é um pouco maior. Ele permite fotografar pessoas, ou objetos maiores, focando-as completamente e desfocando levemente o fundo. No modo “macro”, o nariz e os olhos poderiam ficar focados, mas as bordas do cabelo já estariam fora do foco.

Apesar do nome, e do ícone, esse modo não é aconselhado apenas para retratos de pessoas, podendo ser usado quando o objeto a ser fotografado é grande demais para o “macro”, porém a intenção é destaca-lo, deixando o fundo desfocado.


ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS




quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Profundidade de Campo

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

Profundidade de Campo

Em óptica, profundidade de campo é um efeito que descreve até que ponto objetos que estão mais ou menos perto do plano de foco aparentam estar nítidos. Este efeito é dado por um fenômeno ótico denominado de círculos de confusão, que aumentam progressivamente conforme os objetos se afastam do plano de foco. Em uma imagem, quando os círculos de confusão se tornam maiores do que a acuidade visual humana, eles passam a dar a sensação de falta de nitidez que caracteriza os limites da profundidade de campo. Via de regra, a profundidade de campo é afetada diretamente por três fatores: 1) o tamanho dos círculos de confusão capturados; 2) a ampliação realizada sobre eles para produzir a cópia final e; 3) a própria acuidade visual humana a uma dada distância.

A acuidade visual humana e a ampliação são elementos que normalmente não se encontram sob controle do fotógrafo no momento da obtenção da imagem. O tamanho dos círculos de confusão, por sua vez, é dado pela abertura do diafragma/íris, (maior o valor f/x), pela distância da mídia em relação ao plano em foco e pela distância focal utilizada. A variação destes itens modifica o tamanho dos círculos de confusão formados sobre a mídia de tal forma que: o aumento da abertura e a distância focal levam a um aumento dos círculos de confusão, reduzindo a profundidade de campo, enquanto o aumento da distância da mídia (e, por consequência, da câmera) em relação ao plano de foco leva a uma redução dos círculos de confusão e um consequente aumento da profundidade de campo.

Deve-se salientar que só pode existir um ponto focalizado, e a profundidade de campo gera uma impressão de focalização nos elementos contidos em diversos planos.


Obtenção da profundidade de campo

A profundidade de campo depende da abertura do diafragma (ou íris, para câmeras de vídeo) e da proximidade que se está do objeto a ser fotografado ou filmado. O diafragma é um mecanismo da objetiva, composto por várias lâminas justaposta, e que regula a intensidade de luz que entra na câmera. Conforme é feita esta regulagem na intensidade de luz, ela afeta a nitidez entre os planos, ou seja, a profundidade de campo. A abertura do diafragma pode variar entre fechado e aberto, dependendo somente da objetiva utilizada para determinar os valores. Outro fator que afeta a profundidade de campo é a distância focal da objetiva a ser utilizada. Quanto maior a distância focal, maior será a área desfocada, e vice-versa. Por esse motivo é impossível conseguir grande áreas desfocadas com objetivas grande angulares.

O valor do diafragma se dá através de números, conhecidos como números f ou “f-stop”, e seguem um padrão numérico universal, iniciando-se em 1, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45 etc. Cada numeração é 1,4x mais elevada que sua antecessora, sendo que os valores menores são os que representam maiores aberturas, que permitem maior incidência de luz. Entretanto, são os que darão uma menor profundidade de campo. O inverso é verdadeiro, portanto, os valores maiores representam os que permitem menor incidência de luz, e darão maior profundidade de campo. (Assunto já abordado no capítulo II, componentes e funcionamento da câmera fotográfica, do artigo Iniciação à fotografia, https://julioatila.blogspot.com.br/search?updated-min=2016-01-01T00:00:00-02:00&updated-max=2017-01-01T00:00:00-02:00&max-results=3).

Nas objetivas intercambiáveis de câmera SLR, ou simplesmente reflex, há um anel regulável onde girando-o à esquerda ou à direita, seleciona se o número f (ou abertura) que lhe proporcionará a profundidade de campo desejada. Os números f são sempre apresentados em uma escala padrão. Quanto maior esse número, maior a profundidade de campo e por consequência, os elementos em diferentes planos ficarão nítidos.

Porém, independentemente da abertura escolhida, a proximidade que se está do objeto a ser fotografado é determinante para se ter uma grande ou baixa profundidade de campo na fotografia. Quanto mais próximo se está do assunto a se fotografar, menor será a profundidade de campo.

Aplicações e consequências

Tendo conhecimento deste recurso, o fotógrafo poderá trabalhar com diversos planos, em diversas situações de luz.

A consequência da escolha do número f é o tempo em que a câmera necessitará para registrar a fotografia, dentro dos parâmetros que se deseja.


Numa situação de muita luz, seja no ambiente externo ou num estúdio bem iluminado, ao utilizar, por exemplo, um número f maior (ex.f/22), será necessário utilizar um tempo de exposição mais longo (controlado pelo obturador), o que pode propiciar que a fotografia saia tremida (se não for utilizado um tripé) ou com registro de movimento do assunto. Porém esta é a melhor situação de luz  para se fazer estes ajustes da melhor maneira possível, tendo ainda por cima uma alta gama de tempos do obturador.

Já numa situação de pouca luz, como a noite ao ar livre, torna-se mais difícil realizar estas mudanças no diafragma, pois conforme número f é diminuído, menor o tempo de exposição, porém há um limite sutil onde o registro pode ocorrer de maneira errônea, devido a falha na Lei de Reciprocidade Fotográfica, onde, numa situação de pouca luz, conforme há alteração do diafragma, a alteração corresponde necessária que seria feita no obturador pode não ser suficiente, devendo ser corrigida para mais ou para menos, dependendo do suporte utilizado (sensores digitais CCD ou CMOS, ou ainda os filmes fotográficos e sua incrível gama de opções).


A escolha da profundidade é uma das opções mais importantes quando se define a abertura e o tempo durante o qual que se expõe uma fotografia.

Por exemplo, para fotografar uma pessoa e isolá-la do fundo, usa-se a menor profundidade de campo possível através de um número f menor. Pelo contrário, ao fotografar uma paisagem grandiosa e querer que tudo o que se vê fique nítido, desde os objetos mais próximos até o infinito, deve se usar a maior profundidade de campo possível através do número f maior.


Macrofotografia com pouca profundidade de campo
















Média profundidade de campo






Pouca profundidade de campo



ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS


terça-feira, 3 de maio de 2016

Subexposição e Superexposição – Um Guia Para Iniciantes

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS





Existem muitas coisas técnicas necessárias para se estudar fotografia, umas mais complexas e outras bem simples, mas todas são fundamentais para costurar um entendimento que nos dará autonomia para finalmente exercemos nossa criatividade na hora fazer aquela foto que tanto queremos.

Como já disse em outros artigos, conheço fotógrafos que só conseguem bons resultados fotografando no modo automático (quando conseguem condições perfeitas para bons resultados), mas quando envolve o modo manual e conceitos como abertura, velocidade e ISO, torna-se um problema, por não dominarem a técnica, ficam sempre à disposição dos caprichos das suas câmeras. Um verdadeiro desperdício!

Seguindo um esforço contínuo para cobrir o básico da fotografia, sempre estou procurando pelos tópicos mais relevantes que possam te dar uma base técnica consistente e assim garantir uma liberdade artística para se expressar, que acredito ser esse o nosso grande objetivo quando nos tornamos fotógrafos, não importando em que estágio estamos. Dentro deste contexto, este artigo, do fotógrafo Americano Nasim Mansurov, se encaixou perfeitamente para discutir o tópico de subexposição e superexposição, um conceito simples, e ao mesmo tempo importantíssimo para a formação do nosso conceito e equilíbrio de luz, além de um ponto de vista que representa o que eu penso em relação ao que é correto em fotografia. Fiz os ajustes que julguei necessário para adequar a uma linguagem simples e direta.

Superexposição e Subexposição – Um Guia Para iniciantes

Agora, por um lado, não há muito o que discutir – uma explicação simples dos termos é o que interessa à maioria dos fotógrafos iniciantes, mas aqui está minha introdução aparentemente absurda ao artigo – não existe super ou subexposição. E sério.



Porém, antes de filosofarmos, entender os dois termos básicos é necessário, se não for pela criatividade e habilidade de criar fotografias lindas, comoventes e brilhantes, então que seja para sermos capazes de nos comunicar com nossos colegas fotógrafos.


Entendendo os Termos

Como você deve saber, há três coisas que influenciam o “brilho” de uma imagem em qualquer nível de luz – abertura, velocidade e ISO. Quando tentarmos tirar uma foto “corretamente exposta”, o que importa não são as configurações que você escolhe, e sim sua correlação, pois cada uma das três individualmente possui um efeito em tal brilho. Então, por exemplo, se você estiver em um ambiente bem iluminado e escolhe usar uma abertura grande (digamos, f/2 ou f/1.4), você precisará compensar com uma velocidade maior do obturador e/ou menor valor de ISO. Se você cometer um erro e fizer uma correlação “errada” entre as configurações, você acabará com uma imagem que não está exposta “corretamente”. Eu explicarei o motivo das aspas mais adiante. Por enquanto, é aqui que entram os termos.




1) O que é Subexposição?

Uma imagem subexposta é o tipo de fotografia que pode ser considerada muito escura. Aqui está um bom exemplo de tal fotografia:

X-E2 + XF23mm F1.4 R @ 23mm, ISO 320, 1/250, f/1.4


Note que esta imagem em particular foi exposta de forma diferente durante a captura – eu alterei seu nível de “brilho” usando um software, mas ela ainda é um bom exemplo. Está claramente muito escura e mostra poucos detalhes, apenas as partes mais brilhantes são fáceis de visualizar. E o mais importante, ela parece errada.


2) O Que é Superexposição?

Superexposição é exatamente o oposto do termo definido anteriormente. Uma imagem que é mais brilhante do que deveria ser pode ser considerada com excesso de exposição. Quando muita luz é permitida durante a exposição, o resultado é uma fotografia muito clara. Apenas para que você possa comparar, aqui está a mesma fotografia que eu mostrei agora pouco, mas ao invés de estar subexposta, ela está com excesso de exposição – superexposta.
X-E2 + XF23mm F1.4 R@23mm, ISO 320, 1/250, f/1.4 

Via a enorme diferença? Enquanto a imagem anterior era muito escura, está é muito clara, a um ponto em que chega a ficar desagradável de olhar. E ela também possui poucos detalhes fáceis de reconhecer, e não faz justiça aos destaques ou sombras dos objetos capturados.




3) O Que é Exposição Correta?

Este talvez seja o caso mais óbvio e autoexplicativo. Uma imagem corretamente exposta é aquela que parece clara ou escura o suficiente para que tanto as sombras quanto os destaques pareçam naturais e confortáveis de olhar. Teoricamente, tal fotografia não possui destaques ou sombras perdidas, o que significa que todos os detalhes são claramente visíveis e o mais próximos possíveis da “vida real”. A versão seguinte da imagem pode ser considerada como bem exposta.
X-E2 + XF23mmF1.4 R @ 23mm, ISO 320, 1/250, f/1.4

Como você pode ver, há um bom equilíbrio entre as duas imagens anteriores – não é muito escura e nem muito clara. Há poucos detalhes perdidos, principalmente nas janelas, pois elas refletem muita luz. Considerando que é assim que a imagem deve parecer se você estivesse parado na frente do prédio, você poderia dizer que está uma visão próxima da “vida real”. Ela poderia ser um pouco mais escura ou um pouco mais clara – geralmente, há limites relativos que decidem a exposição “correta”.

É importante notar que você não pode capturar uma imagem completamente realista em termos e exposição. Isso não é possível – até mesmo quando se usa a técnica HDR (que distorce a imagem de outras formas), embora possamos chegar perto, se esta técnica for bem usada – por causa do alcance dinâmico limitado dos sensores de imagem atuais. Nossos olhos não possuem tais limitações – em qualquer momento (sob o que podemos chamar de circunstâncias normais), nós podemos distinguir tanto destaques quanto transformam a fotografia em um processo criativo, ao invés de uma representação da realidade.



Todas as Escolhas Criativas

Se tudo o que você queria deste artigo era distinguir entre subexposição e superexposição e entender os dois termos, você pode parar de ler agora. Porém, se você estiver pronto para meus artigos de sempre, continue lendo. Porque nada das coisas acima realmente importa, tire isso da cabeça.
NIKON D700 + 50.0 mm f/1.4 @ ISO 200, 1/8000, f/1.4 

Quando eu estudava artes multimídias (eu digo como se fosse há muito tempo atrás!), eu tive esta discussão com um dos professores mais brilhantes. Nós falamos sobre se a fotografia, inerentemente, é uma representação da realidade, de eventos reais, personalidades reais, ambientes... reais. Basicamente, se a fotografia é ou não uma mentira. Agora, este é um assunto muito complexo, no qual nós podemos entrar profundamente (uma conhecida minha fez seu bacharelado sobre este assunto). Mas, embora isto seja interessante e instigador, este seria um artigo completamente diferente. Por enquanto, com certas exceções que envolvem muito esforço deliberado do autor, eu acredito que a fotografia realmente é uma mentira e não representa a verdade ou realidade, pelo menos de forma direta. Ou seja, a fotografia é sempre um processo criativo. Mesmo se a pessoa estiver tentando “mostrar a realidade”, ela precisa dar certos passos criativos para conseguir isso.

Você pode estar se perguntando o que a subexposição e superexposição tem a ver com isso, e a resposta é simples. Assim como a sua escolha de lente,
câmera, alvo, ângulo, tempo, composição, luz, configurações, em cor ou preto e branco, filme ou digital, a exposição é uma escolha criativa que você faz para ajudá-lo a alcançar um objetivo em particular. O que resposta significa que não há uma exposição correta e, portanto, não há exposição insuficiente ou em excesso.

Tudo o que você tem é a exposição correta ou incorreta para você, para seu objetivo, para o seu trabalho. As configurações da sua câmera que você escolheria para você em certa situação não são as configurações corretas – são apenas uma sugestão de configurações que poderiam ser consideradas as escolhas mais comuns.

A câmera não sabe o que você quer ou precisa, mas você sabe qual parte da fotografia você quer expor “corretamente” para você, e quais partes acabarão muito claras ou muito escuras. Naturalmente, isto não significa que você deva superexpor todo o seu trabalho daqui em diante só por causa disso.

Escolhas criativas só são assim quando você as faz com pensamento, deliberadamente, e apenas quando elas compensam. Então, como você expõe um retrato de uma mulher fotografada em frente a uma janela? Você quer transformar isso em uma silhueta ou expor o rosto da mulher e apagar o fundo, efetivamente isolando-se e removendo o ambiente? Isto é uma escolha.


NIKON D700 + 50.0 mm f/1.4 @ ISO 200, 1/8000, f/2.0

E isso não ocorre apenas em situações diretas. Geralmente, eu tendo a expor minhas fotografias levemente “à esquerda” – como se eu as “expusesse insuficientemente” um pouquinho. De um ponto de vista puramente técnico da fotografia digital, esta é uma escolha errada, mas eu não me prendo à perfeição técnica tanto assim e prefiro fazer o máximo de trabalho possível durante o processo de captura de imagem e não no pós-processamento. Por que subexpor? Isso pode ter algo a ver com o fato de eu gostar de ambientes mais escuros, mas mais do que tudo, isso me ajuda a enfatizar a sutileza da luz. Para mim, a fotografia é mais sobre a luz do que sobre uma história ou pessoa, e eu gosto dela sútil, eu gosto dela cobrindo meus motivos levemente, mal os cobrindo. Então, eu faço minha escolha criativa.

Como você pode ver, os termos não importam. Sim, eles o ajudam a se comunicar com seus colegas fotógrafos e não se sentir perdido entre pessoas mais técnicas, mas isso não ajuda com a sua criatividade. Não há, na realidade, sub ou superexposição, há apenas o que você precisa, o que você quer alcançar.
X-E2 + XF35mm F 1.4 R @ ISO 200, 1/4000, f/1.4

Voltando ao que eu disse no início deste artigo, que certos fotógrafos ficam reféns de suas câmeras por não conseguirem dominar a técnica, você percebe que é mais que isso, é preciso colocar a técnica ao seu dispor, você é o artista, a câmera somente uma ferramenta, que como todas outras, é preciso aprender e dominar, mas uma vez feito isso, abre-se um mundo de incríveis possibilidades!

Boas fotos!

Matéria assinada por Simxer , autora do Fotos e Dicas Brasil
Crédito das fotos: Fotos e Dicas Brasil  - 



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