segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Por que não usar flash em shows e espetáculos de palco

Autor: Claudia Regina
Site: http://www.dicasdefotografia.com.br/por-que-nao-usar-flash-em-shows-e-espetaculos-de-palco

Nos últimos dias tive duas experiências interessantes relacionadas ao (mal) uso de flash. Assisti uma apresentação de Balé em um teatro e também vi a reapresentação do show do Bon Jovi no seu canal do Youtube. Nas duas situações percebi muitas pessoas usando flash em suas câmeras.
Embora já exista um artigo da Karina Santiago sobre fotografia de palco no DDF (dicas de fotografia) e aqui neste Blog  http://julioatila.blogspot.com/  resolvi bater um pouco mais nessa tecla. Quando comentei sobre esse assunto com o meu marido ele falou: “mas as pessoas que fazem fotos assim não são o seu público, quem visita o DDF já entende um pouco de fotografia e não faz esse tipo de coisa.” Quem me dera! Lembro que no início do Wedding Brasil, onde teoricamente temos profissionais de fotografia, houve uma apresentação de dança e até lá vi gente usando o flash!

Todo mundo quer guardar um pouco de Bon Jovi

Então vamos ao que interessa: por que não usar o flash em shows, teatro, dança e outras apresentações de palco?

1. Não adianta
Não entendo como as pessoas que usam flash nessas situações não percebem: não adianta nada! A não ser que você esteja a 1 metro do palco o seu flash não vai ter força suficiente para iluminar o assunto de forma que faça diferença na foto final, principalmente se estamos falando de câmeras compactas! O flash, nessas situações, só serve para iluminar as cabeças de quem está na sua frente.

2. Se funccionar estraga o clima
Digamos que você tem um flash potente e está perto do palco: o flash até vai chegar no seu assunto, mas vai acabar com toda a iluminação planejada para aquela apresentação. Resultado: sua foto vai ficar com cara de ensaio, com toda aquela iluminação pensada pelos engenheiros de luz destruída e transformada em uma única luz feia a uniforme. É isso que você quer? Não, né?
As luzes de palco são sempre bastante fortes e planejadas para criar o clima específico daquela apresentação. Embora o ambiente pareça escuro (pois o público fica na escuridão mesmo) ninguém precisa de flash, confia em mim. Se a foto saiu borrada é porque você está longe demais ou sua câmera não aguenta a situação, então não há o que fazer. Pare de tirar fotos e assista.

3. É falta de respeito
Embora as duas razões anteriores sejam fotograficamente importantes a terceira é pra mim a mais: tem a ver com uma palavrinha chamada respeito.
O flash piscando atrapalha quem está se apresentando (principalmente quando estamos falando de apresentações em que é preciso muita concentração, como o Balé) e atrapalha quem está querendo assistir.
Até mesmo em um show como o do Bon Jovi, que possui efeitos mais malucos e piscantes de luzes, os flashes atrapalham. Me irritei quando vi que a iluminação no início de uma música estava bem pontual, e lá vinham os flashes iluminar tudo e picar nas sombras, estragando todo o clima.
No balé fiquei indignada com a falta de educação das pessoas usando o flash: a apresentação que vi era baseada no breu total, e os dançarinos podiam se atrapalhar graças aos folgados que estavam jogando sua luz inútil na direção deles. Eu, como público, já me desconcentrava a cada piscadela!
Respeito por quem está se apresentando e por quem está assistindo com você é o principal motivo para não usar flash.

4. Você está lá para fotografar ou assistir?
Se você foi contratado para fotografar um espetáculo, tudo bem: é só ler o artigo aqui neste blog  "Como fotografar shows e espetáculos"  da Karina para conseguir fotos de qualidade. Mas se você está lá como público… pra quê fotografar? Vejo pessoas que ficam um show inteiro com a câmera na mão! As fotos ficam horríveis e você não aproveita o momento. Cadê o bom senso? Tire uma foto pra “provar” que esteve lá para seus amigos mas depois pare e assista. É para isso que você está lá, afinal.

5. "Não sei desligar" não é desculpa
Quem usa a câmera sempre no automático não sabe nem como desligar o flash. O que custa ler só isso no manual? Só isso, por favor.

Se você já sabe isso tudo aproveite para explicar essas dicas para todos os seus amigos. Vamos tentar acabar com essa mania de usar flash em espetáculos? Já está beirando o ridículo :(

ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

domingo, 21 de novembro de 2010

Dicas de Fotografia - Como Fotografar Shows e Espetáculos

Como fotografar Shows e Espetáculos por

 Karina Santiago


Este é um artigo escrito por  Karina Santiago publicado por Claudia Regina no site:
http://www.dicasdefotografia.com.br/como-fotografar-shows-e-espetaculos

Atendendo ao generoso convite da Claudia Regina vou passar pra vocês algumas dicas de como fotografar shows e espetáculos teatrais. Me especializei nessa área por também trabalhar como produtora musical e ter cursado algumas matérias de Artes Cênicas na Universidade de Brasília. Acabei então juntando todas as paixões e atualmente esse tipo de foto é 95% de todo meu trabalho fotográfico.
Vejo muitas fotos de shows e espetáculos que são um desastre. Pra ser sincera, a maioria. Vem de erros básicos como ISO e velocidade. A busca da facilidade de se usar um ISO alto acaba com qualquer foto de show.

Brinco sempre que essa é uma área da fotografia amiga da dor. Porque sair de uma sessão de fotos de show ou espetáculo é sair de um grande desgaste do braço, um “acessório” determinante nas fotos.
1.Equipamento
Em shows e espetáculos, as condições de iluminação são críticas e o uso de flash é totalmente desaconselhável, na maior parte das vezes, por vários motivos. O principal deles é que provavelmente você vai incomodar àqueles que assistem e os que se apresentam. Em peças teatrais é proibido o uso do flash. O segundo é que o flash vai tirar todo o clima da apresentação. O uso de objetivas claras é uma necessidade, caso contrário compensar isso será bem complicado, mas não impossível. Uma tele-objetiva é necessária porque dependendo da altura do palco o ideal é estar mais afastado para não se ter apenas fotos de baixo pra cima.

2.ISO
O principal erro que se pode cometer para esse tipo de fotografia é colocar um ISO muito alto. Devido à quantidade de áreas de sombra que normalmente existem, tratando-se de iluminação de palco, o ruído vai estragar sua imagem. Então eu sempre aconselho que se use ISO máximo 800 e em casos extremos 1000. Mais que isso você não mais terá uma foto excelente (perfeita), por melhor que seja o redutor de ruído da sua câmera. Lembre-se: você está fotogrando um motivo cuja iluminação foi pensada para criar áreas claras e áreas de sombra dura. Evite ter uma foto com todas as partes claras, a sombra é sua amiga.

Abaixo um exemplo de foto (à esquerda) com ruído e (à direita):

Peça O Direito Ao Grito

3. Abertura
É preciso fotografar 100% manual pois usando qualquer outro tipo de programa da máquina fica inviável o controle absoluto. A abertura vai depender da sua objetiva, mas mesmo que tenha uma f/2.8 ou maior eu não aconselho o uso de uma abertura tão grande a não ser que seja um close. Caso contrário você terá o foco numa área muito restrita pois a profundidade de campo será pequena. Uso sempre abertura por volta f/4.0, quando quero deixar apenas uma pessoa focada e abertura f/8.0 pra mais de uma.

Abertura f/4.0, primeiro plano focado:

Espetáculo Dingou Béus – Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo


Abertura f/8.0 com todos os artistas focados:

Espetáculo Sexo, a Comédia – Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo

4. Velocidade
É geralmente aqui em que a dificuldade aparece. Não dá pra fotografar shows e espetáculos com tripé, porque a movimentação do artista inviabiliza a máquina parada. Só que com ISO em no máximo 800 e abertura não tão grande, a velocidade tem que ser baixa e aí haja braço. Sim, o segredo pra uma boa foto de show é o braço. Jamais menos de 1/30, mesmo com IS, porque o próprio movimento do artista vai estragar sua foto. 1/40 é uma velocidade boa se você não estiver usando uma tele, caso contrário 1/100 com uma objetiva entre 200 e 400mm. Infelizmente achar a velocidade ideal dependendo da luz de palco, vem com a prática, pois o gráfico em nada vai te ajudar e provavelmente mostrará uma falsa subexposição, assim como o fotômetro. Alguns movimentos são benéficos, como mãos ou o instrumento se movendo. Esse tipo de movimento é seu amigo, não se preocupe com uma imagem 100% estática. Mas lembre-se que o rosto precisa estar estático.



Show Marco Lobo Quinteto

5. Enquadramento
Nada melhor do que a boa e velha regra dos terços para determinar um bom enquadramento. O uso dessa regra te dará pelo menos 70% de chance de acertar. Estude-a e use, não só pra fotos de espetáculos e shows, mas para fotos em geral. Vejo muitos problemas de enquadramento que seriam resolvidos pelo simples conhecimento dessa regra. Cuidado para não colocar na linha imaginária inferior e ficar com um quadro estranho.
Aprenda aqui como utilizar a regra dos terços na fotografia.

Show Kleiton e Kledir


6. Qualidade da Foto
Fotografar em RAW vai facilitar muito caso você tenha uma iluminação muito fraca e precise clarear a foto na pós produção. Não gosto de recorrer a esse recurso, mas às vezes é necessário. Então nesse ponto o Adobe Lightroom vai salvar sua vida se você tiver fotografado em RAW. Mesmo porque em JPEG provavelmente a máquina vai interpretar a luz como quiser e você não terá um resultado real. Caso preciso usar o Lightroom, use os recursos de Fill Light e Blacks, além de poder aumentar um pouco a exposição.


7. Pontos gerais a serem observados
Evite inclinar a linha do horizonte. Muitas pessoas pensam que isso vai dar “movimento” à foto e o que se tem é, na maior parte das vezes, apenas uma imagem brega;
Nem sempre o artista em primeiro plano deve ser seu motivo principal. Olhe com carinho para todos os músicos em palco;

No final do show ou espetáculo sempre haverá uma saudação final, fique atento para pegar esse momento;
Aquele momento especial vai surgir rapidamente, então esteja a postos;

Cuidado com iluminação vermelha, ela não é muito bem interpretada nos sensores das máquinas digitais;
Vai publicar a foto na internet? Marca d’água nela. Esse tipo de imagem é uma das que mais são “roubadas”. Tenha também o cuidado de colocar suas informações nos Metadados de cada foto;

Prática é tudo porque os recursos da máquina não te ajudarão muito. Então treine o olhar, veja o trabalho, analise velocidade e abertura e acostume-se a ser um “fotômetro”.

No mais, boas fotos e bom show.


Show Pedro Vasconcellos e Eduardo Belo

Karina Santiago. Veja as fotos dela em www.picasaweb.com/karinasantiago.


ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS


sábado, 6 de novembro de 2010

Josep Ruaix Duran (J.R. Duran)

Josep Ruaix Duran, conhecido como J.R. Duran, (Barcelona, 22 de julho de 1952) é um fotógrafo brasileiro nascido na Espanha.
No Brasil desde 1970 e com estúdio montado em São Paulo, a partir de1979, começou a fotografar para revistas de moda como Vogue e Elle Brasil. Ao mesmo tempo começou a trabalhar para agências de publicidade como DPZ, McCann, Thompson, Talent para clientes como Johnson & Johnson, General Motors, Volkswagen, Souza Cruz, British American Tabacco e outros.
Em 1984 realizou sua primeira exposição, Beijos Roubados, na Galeria Paulo Figueiredo, em São Paulo.
Ganhou sete prêmios Abril de Jornalismo. Foi capa da edição nacional da Veja em janeiro de 1988, com o titulo O Mago das Lentes.
Tem ensaios a respeito de seu trabalhos publicados nas revistas Forum (alemã), Zoom (edições francesa, italiana e japonesa), Man (espanhola) e Photo (francesa).
Em 1989 mudou-se para os Estados Unidos, onde trabalhou para Harper's Bazaar USA,  Elle (edições francesa, inglesa, italiana e espanhola), Mademoiselle, Glamour, Tatler, Vogue (alemã), assim como para agências de publicidade como Grey, Saatchi & Saatchi, DDB e outras.

Em 1994 realizou sua segunda exposição, Passageiro Distante, na Galeria São Paulo. Em 1995 voltou a viver no Brasil.
Publicou os livros As melhores fotos e 18 Fotos. Em 2000 lançou o romance Lisboa.
No Brasil, realizou campanhas para Intelig, cigarro Charm, cerveja Kaiser, Embratel, Telesp, Banco do Brasil, cigarro Free, Antartica, Martini, Motorola, Lojas Riachuelo, Credicard, Hering, Banco Real, Banco do Brasil, Banco Itaú, Telefonica, Sadia, McCafé. No mesmo ano inaugurou a exposição de fotografias JRDURAN, no Musseu de Arte Brasileira da FAAP. Atualmente reside em São Paulo.

Texto tirado da enciclopédia livre - Wikipédia


Imagens de J. R. Duran
















































ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fotografia no Brasil

Fotografia no Brasil

Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado no Brasil, Antonie Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em 1824, estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. No ano de 1833 Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus, Niépce e Daguerre, obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de Photografie Pela descoberta de Florence, o Brasil é considerado um dos pioneiros na Fotografia.

O início da fotografia no Brasill não se pode esquecer do Imperador Dom Pedro II, que foi um fotógrafo apaixonado. O abade Louis Compte em 16 de janeiro de 1840 quando aportou no Rio de Janeiro fez uma demonstração à Dom Pedro II da daguerrotipia (fonte: Jornal do Commercio, de 17 de janeiro de 1840, Rio de Janeiro). D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil, quando no mesmo ano de 1840 adquiriu um daguerreótipo, em Paris.

Augustus Morand, fotógrafo norte-americano (1815-1862), fez as primeiras fotos da família imperial do Brasil, isso ainda em 1840.

Novas tecnologias chegam ao Brasil, trazidas por imigrantes radicados no Brasil, por exemplo o colódio úmido. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. O alemão Alberto Henschel abre escritórios em São Paulo, Recife, Salvador e no Rio e tornando-se no primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Neste período também se destacam Walter Hunnewell, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia, Marc Ferrez, que produz imagens panorâmicas de paisagens brasileiras, e Militão Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo. E ainda Victor Frond, George Leuzinger, August Stahl e Felipe Fidanza.

Século XX
Na década de 1940 dá-se o ápice do Fotoclubismo, movimento que reunia pessoas interessadas na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Os primeiros fotoclubes surgem no início do século XX, mas somente a partir dos anos 1930 passam a ser decisivos na formação e no aperfeiçoamento técnico dos fotógrafos brasileiros. Principais fotoclubes: Photo Club Brasileiro, fundado no Rio de Janeiro em 1923, e o Foto Cine Clube Bandeirante, criado em São Paulo em 1939. Principais fotógrafos expoentes do fotoclubismo e alguns deles representantes do Movimento Moderno na fotografia:Thomas Farkas, José Oiticica Filho, Eduardo Salvatore, Chico Albuquerque, José Yalenti, Gregori Warchavchik (também arquiteto), Herminia de Mello Nogueira Borges, Nogueira Borges, Geraldo de Barros e Gaspar Gasparian.

A partir do pioneirismo publicitário de Chico de Albuquerque, que fez fotos para a primeira campanha publicitária usando a fotografia em 1948, despontam novos autores como Bob Wolfenson, Marcio Scavone, Arnaldo Pappalardo, Claudio Elisabetsky, J.R. Duran, Ella Durst, Miro, Dercilio Vanzelli.

Nos anos 1950 o Fotojornalismo é impulsionado pelas revistas O Cruzeiro e pelo Jornal do Brasil, que passam a dar destaque para a fotografia em suas páginas.

Assis Chateaubriand, diretor da revista o Cruzeiro, contrata Jean Manzon para a revista O Cruzeiro transformando-a na mais importante do país.

Oriunda do fotojornalismo da  revista Realidade (1966), Veja (1968) e do Jornal da Tarde (1966) surge outra leva de grandes fotógrafos, sendo os principais:  Claudia Andujar, Geraldo Guimarães, Walter Firmo, George Love, David Zingg e Luigi Mamprim. Luis Humberto faz fotos irônicas sobre a situação do Brasil sob regime militar apesar do controle da censura. Estes fotógrafos se tornaram ícones da década de 1960 e influenciaram fotógrafos como Orlando Azevedo, Paulo Leite, Ed Viggiani, João Noronha, André Vilaron, Thiago Santana, José Bassit e André Cypriano.

Surgem na década de 1970 diversas oficinas e escolas de fotografia no país, como a Enfoco e a Imagem e Ação, em São Paulo, que impulsionam a fotografia de autor. Na falta de lugares especializados para exposições são criadas várias galerias, como a Fotóptica e a Álbum, e surgem grupos como o Photogaleria, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a intenção de inserir a fotografia no mercado de arte brasileiro.
O jornalismo independente das agências como a Focontexto, F4, Image Latina, Ágil, Fotograma e ZNZ, foi registrado por fotógrafos como Juca e Delfim Martins,  Nair Benedicto, Rogério Reis, Júlio Bernardes, Ricardo Chaves, Assis Hoffman, Rosa Gauditano, Emidio Luisi, Milton Guran, Jesus Carlos, João Roberto Ripper,  Sergio Zalis, entre outros, que se destacaram na fotografia autoral. Pedro Martinelli, Cristiano Mascaro, Orlando Brito e Hélio Campos Mello somam-se aos destaques da fotografia autoral, ainda que trabalhando para as publicações tradicionais.

Há ainda os trabalhos cuja proposta é a inserção da fotografia com a arte estabelecida e vice-versa, representados por  Otto Stupakoff, Anna Bella Geiger, Antonio Saggese, Cássio Vasconcellos, Alex Flemming, Kenji Ota, Cris Bierrembach, Vilma Slomp, Gal Oppido, Claudio Feijó, Milton Montenegro, Penna Prearo, Eustáquio Neves, Flavya Mutran, Miguel Rio Branco e Vik Muniz, entre outros.

Nos anos 1980 a fotografia brasileira torna-se conhecida no exterior por meio da participação em exposições internacionais e da publicação do trabalho de fotógrafos brasileiros em revistas estrangeiras. Entre os principais nomes do período estão Sebastião Salgado,  Cristiano Mascaro, Miguel Rio Branco, Luiz Carlos Felizardo, Hugo Denizart, Cláudio Edinger, Mario Cravo Neto, Arnaldo Pappalardo, Kenji Ota e Marcos Santilli.

Em 1981, Sebastião Salgado é o único fotógrafo a registrar a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, o que lhe dá grande destaque internacional. A partir de então, Salgado, radicado na França, é reconhecido mundialmente como um dos mestres da fotografia documental contemporânea. Nos anos 1980 e 90 publica grandes fotorreportagens de denúncia social, em livros como Sahel: l’Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).

A Enfoco - Escola de Fotografia

De agosto 1968 a julho de 1976, funcionou em São Paulo, Brasil, a Enfoco - Escola de Fotografia. Ao ser demitido da sucursal do Jornal do Brasil, em maio de 1968, Cláudio Kubrusly criou a enfoco. Vários fotógrafos que, posteriormente, se destacaram no cenário da Fotografia brasileira passaram pelos bancos da Enfoco - Escola de Fotografia. Alguns exemplos: Antonio José Saggese, Cláudia Scatamacchia, Dulce Maria Soares, Euclides Sandoval, Gil Monteiro Ribeiro, Hilton Sousa Ribeiro, Hugo Amaral Gama, Josemar Carvalho Ribeiro, Leonardo Crescenti Neto, Lily Sverner, Lúcio Kodato, Luis Sérgio Chvaicer, Nair Benedicto, Paulo Klein, Regina Stella D"Ângelo, Richard Kohout, Roberto de Guglielmo, Rodrigo Whitaker Salles, Rosa Gauditano, Rosely Nakagawa, Stefânia Brill, Suzana Amaral, Tales Trigo, Vera Galli, Vera Roquete Pinto, Zé de Boni (José de Boni).

O Instituto Casa da Photographia

Criada em1997, então como Núcleo de Pesquisas Fotográficas, o Instituto Casa da Photographia de Salvador na Bahia, manteve desde a sua criação a proposta de divulgar projetos e trabalhos de novos talentos na área de fotografia, sempre buscando o apoio e a coerência dos próprios fotógrafos veteranos, que através de palestras, cursos ou atividades práticas propiciam o aprendizado de técnicas e estilos. Foi a partir do ano de 2001 que a Casa da Photographia passou a assumir mais intensamente a postura de Escola de Fotografia, buscando com isso uma rentabilidade que pudesse assegurar a continuidade de todas as suas atividades, já que a instituição é totalmente privada. Também neste ano foram firmadas parcerias com diversas empresas e instituições públicas (entre elas a Kodak Brasileira) a fim de possibilitar a realizações de projetos como o Falando de Foto, que se aprimorou e passou a chamar-se Modos de Ver. Esse projeto já vai para o seu 5º ano e vem realizando palestras e caminhadas fotográficas com fotógrafos de grande importância para o desenvolvimento e difusão da  fotografia na Bahia e no Brasil.Coordenada por Marcelo Reis, fotógrafo de atividade plena, o Instituto Casa da Photographia hoje mantêm cursos técnicos e conceituais. Possui espaço para pesquisas e promove caminhadas fotográficas livres com atividades por várias cidades do recôncavo e demais regiões do estado.O lançamento do site em 18 de junho de 2002 marcou um novo caminho, agora mais longo e infinito, com direção não só ao Brasil, mas ao mundo, principalmente com a nossa grande vedete, a Galeria Walter Firmo, num gesto de agradecimento e homenagem à pessoa e ao fotógrafo Walter Firmo, e pelo que ele vem fazendo por todos nós, fotógrafos e admiradores desta fantástica arte, a Arte da Fotografia. Hoje o Instituto Casa da Photographia mantém parceria com a PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

    

Marc Ferrez: O Corcovado, século XIX
Alberto Henschel: Retratos de uma negra e um negro, c. 1870.

Texto tirado da enciclopédia livre - Wikipédia


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terça-feira, 12 de outubro de 2010

História da fotografia

História da Fotografia

A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.

O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.

A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.



Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.




O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.

No Brasil, o Francês radicado em  Campinas, São Paulo, Hércules Florence, conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy.

A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888 com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados porGeorge Eastman.

Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.

A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.

Texto tirado da enciclopédia livre (Wikipédia)


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domingo, 10 de outubro de 2010

Henri Cartier-Bresson

 







Henri Cartier-Bresson (22 de agosto de 1908, Chanteloup-en-Brie, Seine-et-Marne,  França - 2 de agosto de 2004, Cereste, Vaucluse, França) foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.

Cartier-Bresson era filho de pais de uma classe média (família de indústria têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para  Paris estudar artes em um estúdio.

Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à  África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.

A primeira câmera Leica de Henri Cartier-Bresson












Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade.

Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho.

Revistas como a  Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar o mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo.

Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.

Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.

Página do Cartier Bresson no site da agência Magnum

Imagens de Cartier Bresson
Fotos tiradas em preto e branco com lente de 50mm equivalente a visão do olho humano.


















Texto foi tirado da enciclopédia livre (wikipedia)


ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS