segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fotografia Digital - Capítulo III - Técnica e prática



ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

FOTOGRAFIA DIGITAL – Técnica fotográfica.

(Artigo tirado da revista FOTOGRAFIA DIGITAL, da Editora Escala www.escala.com.br)

Por meio de conhecimentos básicos você poderá desenvolver e melhorar suas fotos.


Capítulo III
Teoria e prática

Técnica fotográfica
No começo de qualquer aprendizado acontecem equívocos, com o tempo eles diminuem e desaparecem.
Na fotografia, isso não é diferente, mas para melhorar é preciso saber onde ocorreu o erro. Então, para você não perder tempo, monte uma tabela e saiba onde errou ou como conseguiu realizar aquela bela imagem. Essa é uma das melhores maneiras para aperfeiçoar a técnica fotográfica.
A tabela é simples, pode ser feita em um editor de texto ou em um caderno escolar.
Coloque as informações que deseja guardar e veja o que é importante anotar.
  • Data – dia, mês e ano em que a fotografia foi feita;
  • Tema – a razão pela qual fez aquela imagem e lugar que foi tirada;
  • ISO – com essa anotação, poserá comparar com as demais fotos feitas com ISO diferente;
  •  Abertura – fundamental para analisar a profundidade de campo;
  • Velocidade – vai te revelar por que aquela imagem saiu tremida ou de que maneira conseguiu o efeito de movimento;
  • Luz – se no dia da foto a luz era natural ou tungstênio, fluorescente, se utilizou flash, entre outras situações, lembre-se de colocar se no dia estava nublado ou ensolarado;
Observações gerais – coloque tudo que achar necessário.




Exposição/medindo a luz
Dominar a exposição da luz é o caminho para a fotografia perfeita. O controle da luz acontece quando se utiliza o diafragma e o obturador.
É importante lembrar que não existe uma exposição correta, já que essa relação é interpretativa ou uma escolha criativa.
Porém, é importantíssimo o domínio da técnica para conseguir uma imagem desejada. O objetivo do fotógrafo é escolher a melhor exposição e equilibrar os tons de cinza da cena (luz e sombra).

Compensação
Todas as câmeras semiprofissionais e profissionais possuem recursos de compensação de exposição. Nas câmeras digitais aparece um quadrado dividido na diagonal, dentro dele temos o sinal de positivo e negativo. No painel externo, é representado pela sigla EV, com este recurso fica mais simples a correção de algumas situações, nas quais o fotômetro pode se enganar.
A compensação da exposição varia entre -3EV até +3EV ou abaixo de -3 pontos, o traço dá um alerta e começa a piscar.
























Modo manual de compensação de exposição
Quando a câmera mede a luz de uma situação, ela utiliza como base uma luminosidade média. Seria o equivalente a uma tela com cinza a 18%, mas às vezes isso falha. Ou seja, nem sempre a câmera consegue definir a exposição correta para a foto e acaba resultando em fotos escuras ou claras de mais. P papel do fotógrafo é medir a luz de uma forma mais precisa e usar artifícios para enganar a câmera.
Uma fotografia escura pode ser corrigida através da compensação de exposição. Para isso, basta diminuir a velocidade de  exposição muito, dessa maneira, ela receberá luz por mais tempo. No caso de uma imagem muito clara é só inverter o processo.

 
  




















(continua - Próximo capítulo, Acessórios).

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fotografia Digital - Capítulo II - Nova era digital


ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

FOTOGRAFIA DIGITAL – Nova era visual.

(Artigo tirado da revista FOTOGRAFIA DIGITAL, da Editora Escalawww.escala.com.br)

Digitalização tornou a fotografia mais acessível para quem não pensa em se profissionalizar.


Capítulo II
Nova era visual

Fotografia digital
A fotografia digital teve seu primeiro modelo em 1975. Foi construída por Stven J. Sasson, um funcionário da Kodak. O protótipo pesava aproximadamente três quilos, a resolução era somente 0,01 megapixel. A imagem demorava 23 segundos para ser gravada numa fita cassete digital e mais 23 segundos para ser lida e transmitida numa televisão. Hoje, a fotografia digital é uma realidade. O preço de uma máquina digital já é acessível para muitos bolsos.
O processo e mecanismo de uma câmera digital é semelhante ao analógico. O princípio continua o mesmo. A primeira coisa que precisa saber é que as câmeras digitais não utilizam filme, ela captura a  luz da cena a ser fotografada por meio de células fotossensíveis chamadas Charged Coupled Device (CCD). Essa informação é captada analogicamente, depois é digitalizada e armazenada em um meio magnético, que pode ser smart card ou memória stick. Com essa tecnologia, a imagem pode ser armazenada como arquivo digital e posteriormente ser alterada.

Tipos de câmeras digitais
Atualmente, os fabricantes oferecem diversos tipos de câmeras digitais, com desenhos diferentes, cores, mais ou menos funções, resolução de imagem e preço. Basicamente, existem três tipos de câmeras digitais: as automáticas, as semiprofissionais e as profissionais.

Automáticas
São pequenas e de fácil manuseio. Mesmo não sendo profissionais, algumas têm mais de 10 megapixels. Com as automáticas, o único trabalho do fotógrafo é apertar o botão. Em alguns modelos, o usuário pode editar a imagem na própria câmera. Entre as três categorias são a de menor preço.
Seu corpo e material interno não são tão resistentes e não possuem a mesma qualidade óptica das profissionais.

Fotometria/medição de luz
Alguns modelos permitem escolher o modo de medida de luz:
  • Multipontos – normalmente chegam a ter 10 pontos, o objetivo é avaliar a luz de toda cena;
  • Central – como o nome mesmo já diz, concentra-se na região central do assunto a ser fotografado;
  • Pontual – é praticamente uma mira, apenas um ponto focado no assunto que o fotógrafo desejar.

Foco
As câmeras automáticas não permitem o foco manual. Alguns modelos os modos:
  • Multizona – avalia toda cena, é mais recomendado para iniciantes;
  •  Central – avalia a região central da cena;
  • Pontual – se concentra apenas no centro da cena.

Balanço de branco
Esse recurso não é disponível em todas as câmeras, mas é essencial. Com ele, é possível corrigir a iluminação de uma cena:
  • Auto – a câmera escolhe o melhor ajuste;
  • Luz do dia – quando estiver em cenas externas, com dia de sol;
  • Tungstênio – corrige o amarelado da luz de tungstênio;
  • Fluorescente – corrige o esverdeado da luz fluorescente;
  • Nublado – ajuda a deixar a cena menos escura em dias de pouco sol.

Disparador automático
Permite que você junte seus amigos e também saia na foto.

Semiprofissionais
Essa permite total autonomia do usuário, ou seja, ela pode ser operada de forma manual. As SLR (Single Lens Reflex)  - sistema automático de espelhos e pentaprisma para enviar a imagem para o visor. Com ele, o fotógrafo vê exatamente a mesma imagem que vai ser exposta no vídeo ou papel – permite que o fotógrafo veja a imagem real que será transmitida para o CCD. As máquinas automáticas mostram apenas um esboço da cena. Isso torna possível controlar todos os recursos disponíveis na câmera: balanço de branco, velocidade, abertura do diafragma, entre outros.

Profissionais
A digitalização da fotografia é recente, há pouco tempo muitos duvidavam do uso de digitais por profissionais. Quem pensou dessa maneira errou. Elas já são uma realidade, são utilizadas no fotojornalismo e também em grandes estúdios.
A diferença da DSLR (Digital Single Lens Reflex) – em uma tradução livre quer dizer “câmera digital de reflexo por uma lente” – é que a luz que entra através da lente é refletida em um espelho e transferida para uma tela de visualização. Um conjunto de espelho e vidros mostra a cena real. Nessas maquinas, seu monitor LCD só é utilizado depois de feito o disparo, ele só mostra o resultado.
Elas possuem material mais nobre, o que as tornam mais resistentes, e sensibilidade do ISO maior. Além do JPG, permitem outros formatos, como TIF e AW.
Elas têm resposta mais rápida no foco, fotometria, disparo, entre outros.

O que é pixel?
Uma explicação simples é que a fotografia digital é formada por centenas de milhares ou de milhões de minúsculos quadrados chamados pixels. Na pintura, existe uma técnica chamada pontilhismo, é basicamente isso que acontece em uma imagem digital. A tela do seu computador também é formada por pixels. Quando você altera a resolução do seu vídeo, está alterando o tamanho da imagem. Observe que quanto maior a quantidade de pixel, melhor será a imagem, seja impressa ou na tela do vídeo.

ISO
O ISSO indica a sensibilidade da câmera à luz. Maior sensibilidade exige menos luz para produzir uma foto. A maioria das câmeras digitais é equipada com modo automático que regula o valor da ISO conforme a quantidade de luz da cena. Em ambientes bem iluminados os valores devem ser os menores possíveis e altos valores de ISO ajudam a fotografar em ambientes mais escuros sem uso de flash.
O ISO 100 é mais adequado para dias de sol. Para nublados, o 200 é o mais apropriado. Para cenas de pouca luz, como shows, baladas e festas noturnas, é possível usar uma sensibilidade de 400. Na publicidade, é usado o ISO 50, uma sensibilidade rica em detalhes.

Diafragma
É o dispositivo que regula a abertura de um sistema óptico, em suma, regula a entrada de luz. É formado por um conjunto de lâminas em espiral, que serão mostrados no Capítulo III – Técnica e prática – Técnica fotográfica.
A escala do diafragma é universal. Ela começa com f/1, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/44, f/64, etc. Observe que quanto menor o valor “f”, maior será a passagem de luz. Então, quanto maior número “f”, menor a quantidade de luz que passará pelo diafragma.
A abertura do diafragma tem influência na profundidade de campo (região da área a fotografar que ficará nítida, caso seja corretamente focalizada). É recomendado o uso de aberturas médias, dessa maneira não irá cometer tantos erros.

Obturador
É um dispositivo mecânico, parecido com uma cortina que abre e fecha. Sua função é controlar o tempo de exposição da célula fotoelétrica à luz. O obturador fica atrás do diafragma. Trabalhando de forma correta, o fotógrafo pode criar diferentes efeitos. Alguns desses efeitos serão mostrados mais adiante.

Objetiva
A objetiva é o conjunto de lentes. É a parte mais importante da câmera. Quando você utiliza o foco ou o zoom de sua câmera é a objetiva que realiza esse trabalho. Objetivas são diferenciadas por sua distância focal.

Recursos que elas oferecem
Quase todos os modelos permitem fotografar ou filmar uma cena, além de gravar som.
Os modelos mais recentes disponibilizam saída de vídeo, ou seja, é só conectar na TV e assistir seu filme ou ver suas fotos.
Mesmo sendo câmeras automáticas, o usuário pode controlar o ISO ou optar pelo modo automático. Alguns modelos chegam até o ISO 1200.

Por dentro da inovação
As câmeras digitais têm sua aparência e funcionamento muito próximos das analógicas. Não importa a marca ou modelo, todas precisam ter lente, diafragma e obturador.

A diferença é que a digital capta a imagem através de um dispositivo chamado sensor de imagem ou CCD. Nessa minúscula peça, existem outras que transformam cada imagem fotografada em pixels.

Quando o obturador é aberto, a célula fotoelétrica passa a receber luz, essa é medida e ajustada pela câmera. Cada ponto de luz é uma carga elétrica. Os assuntos mais claros mandam uma carga maior para o pixel. Já as partes de sombra recebem uma quantidade menor. Nas câmeras analógicas, a medição de luz era feita pelo fotômetro, instrumento que possui célula foto sensível que mede a intensidade da luz e fornece a indicação correta da relação entre a abertura do diafragma e a velocidade do obturador, isso conforme a sensibilidade do filme a ser usado.

A carga elétrica enviada para cada pixel é convertida em número digital.

Dentro da câmera, existe um chip, que processa milhões de informações em questão de segundos.

(continua - Próximo capítulo, Teoria e prática).

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Fotografia Digital - Capítulo I - História e evolução da fotografia


ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

FOTOGRAFIA DIGITAL – Uma arte sem mistérios.

(Artigo tirado do livro FOTOGRAFIA DIGITAL, da Editora Escalawww.escala.com.br)

O poder da imagem

A digitalização das máquinas fotográficas e a maior facilidade dos amadores em adquirir um equipamento novo e tratar sua foto no computador fez que esta publicação fosse criada. Com o objetivo de aproximar todos os interessados na arte da fotografia ao universo do conhecimento técnico e aprofundado sobre todos os temas que envolvem a produção de uma peça fotográfica; ISSO, pixel, diafragma, obturador, lente e muitos mais compõem esse projeto feito sob medida para quem busca melhores produções e fazer bonito em qualquer evento.


Assim, os apreciadores de uma boa foto poderão por meio das próximas páginas absorver informações para seu desenvolvimento prático. Veja tudo o que você precisa saber sobre os conceitos aplicados pelos profissionais em seus trabalhos, técnicas criadas durante décadas, equipamentos essenciais para o cotidiano, além de uma definitiva apresentação de como tratar uma foto utilizando o lendário photoshop.


Aproveite e mergulhe fundo na história da fotografia e de seus criadores, saiba como produzir uma foto para cada tipo de situação e de que forma comprar corretamente o modelo que melhor se aplica aos seus objetivos.
  

Se você já é um apaixonado pela arte de fotografar, após a leitura e estudo das dicas e lições presentes aqui, sua visão de mundo será outra e suas fotos ganharão vida.

Os editores



O Atila’s Produções Fotográficas reproduz, em nove capítulos,  a matéria publicada no livro Fotografia Digital - Uma arte sem mistérios e o primeiro capítulo será a História e evolução da fotografia.



Capítulo I
 História e evolução da fotografia

Primeiras cenas

A invenção abriu as portas para um novo tipo de arte e relacionamento do homem moderno com o mundo a sua volta.

Joseph Nicéphore Niepce precisou dez anos de constantes experiências para chegar a uma imagem inalterada, produzida através da ação direta da luz. Em 1826 ele “fotografou” a vista da janela do sótão de sua casa. Parece um absurdo, mas registrar a imagem ele precisou de uma exposição de oito horas; hoje se faz o mesmo em avos de segundo.

A descoberta de Niepce se deve a outras tentativas, de outros inventores, ao longo dos séculos. Por exemplo, o princípio óptico da câmara escura foi descoberto há cerca de 500 anos a.C., pelo chinê Mo Tzu. Outra corrente de pesquisadores acredita que o filósofo grego Aristóteles fez essa descoberta quando estava sentado embaixo de uma árvore. Lá, ele pode observar, em um eclipse solar parcial, que os raios passavam pelos menores orifícios produzidos entre as folhas e formavam uma imagem mais nítida.

Contudo, eram tempos de superstição e muito desconhecimento. Esses fatores fizeram com que os avanços fossem temporariamente esquecidos. Somente no século 11, o uso da câmera escura passou a ser usado para observar eclipse solares sem prejudicar a visão.

Em 1685, Johan Zahn descreveu a utilização de um espelho, para direcionar a imagem que aparecia invertida ao plano horizontal.

Daguerreótipo

A descoberta decisiva para a fotografia aconteceu em 1835, ano em que Louis Daguerre guardou, sem querer, uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata em um armário. Eureka! No dia seguinte existia uma imagem revelada sobre a chapa.

Quatro anos depois, vendeu seu invento, daguerreótipo, ao governo francês. A engenhoca foi aperfeiçoada. A sensibilidade das chapas foi aumentada, a posição da imagem corrigida, acrescentando-se prismas (espelhos) às objetivas (lentes), E o ouro foi incorporado ao processo de fixação.

Foi Josef Petzal, um matemático húngaro quem popularizou o daguerreótipo e a fotografia. Isso porque ele fabricou uma lente nova e dupla, trinta vezes mais rápida do que a usada na época, essa evolução reduziu o tempo de exposição. Contudo, esse processo produzia apenas uma fotografia.

Precisou o inglês Fox Talbot  inventar, por volta de 1840, o primeiro sistema simples para a produção de um número indeterminado de cópias a partir da chapa exposta, A partir deste ponto surgem as verdadeiras bases para o desenvolvimento da fotografia.

Guerras

Em 1851, a calotipia, método de Talbot, foi superada pelo processo de colódio úmido, inventado por Frederick Scott Archer. Com esse sistema, nasceu a fotografia temática, área na qual se destacam as fotos feitas por Roger Fenton durante a Guerra da Crimeia e por Mathew Brady na Guerra de Secessão nos EUA.

No final da década de 1870, a chapa úmida tornou-se obsoleta. Ela deu lugar à chapa de gelatina, inventada por Richard Leach Maddox. Não havia mais necessidade de untar as chapas antes da exposição ou de revelá-las imediatamente depois.

A chapa seca de gelatina tornou simples a técnica fotográfica e revolucionou o desenho das câmeras. Com o novo material, era possível registrar cenas em movimento, desde que as máquinas tivessem um obturador instantâneo.

Nas décadas seguintes, as câmeras fotográficas ficaram cada vez mais sofisticadas e seu tamanho já era próximo do que temos hoje.

Em 1925, surgiu a Leica, seu uso inicial era para testar os filmes de cinema. Durante um bom tempo, foi desconsiderada no meio fotográfico até que alguns fotógrafos perceberam suas vantagens: tamanho reduzido, que permitia discrição e facilidade de transporte, e sua qualidade óptica e de definição. Ainda é considerada uma das melhores câmeras 35 mm não reflex (visor direto). 

Kodak

A história da Kodak é um capítulo à parte. George Eastman foi o grande responsável por tornar a fotografia acessível ao público. Insatisfeito com o processo de colódio úmido, Eastman passou a utilizar a emulsão de gelatina sensível. Em pouco tempo começou a fabricar e vender sua própria produção.

Com a boa aceitação, não teve dúvidas e largou seu emprego bancário para fundar a Eastman Dry Plate Company em 1881. Em 1884, juntou-se a William H. Walker e inventou um chassi para 24 exposições, que podia ser encaixado em qualquer câmera padrão, para fotos em chapa.

Quatro anos depois, ele lançou a câmera Kodak: modelo compacto, com chassi completo que tinha rolo de filme para cem exposições circulares. Foi uma verdadeira revolução. Com isso, o fotógrafo podia se preocupar apenas em bater a chapa e conferir o resultado.

Depois que as fotos eram realizadas, a câmera era enviada de volta à fábrica e devolvida recarregada com cem cópias montadas em cartão. O slogan da Kodak era: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. Nascia a fotografia moderna, com ela os aperfeiçoamentos não demoraram a surgir.

Foram lançados filmes em celuloide transparentes, tanto para uso na Kodak como para qualquer máquina de filme em rolo.

Mesmo com diversos avanços, Eastman ainda buscava a redução de preços, isso, ele só conseguiu quando lançou o filme de rolo em cartucho. A Kodak de bolso, Brownie, começou a ser vendida em 1897 e unia simplicidade, qualidade e preço baixo. Pronto! A fotografia se tornava popular.

No Brasil

Em 1824, chegou no Brasil o francês Antonie Hércules Romuald Florence. Durante 50 anos, dedicou seu tempo a inventos, e diante da necessidade de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão. Isso em 1832, portanto, antes de Daguerre. O processo fotográfico que chamou de Plygraphie reproduzia imagens pela luz do sol. No ano seguinte, Florence fotografou com uma câmera escura e chapa de vidro e usou um papel sensibilizado para impressão por contato.

D. Pedro II 

Em 17 de janeiro de 1840, o abade francês Louis Compte, capelão do L’Orientale, navio-escola franco-bela que dava a volta ao mundo e chegara há pouco da Europa, produziu os primeiros daguerreótipos do Brasil, todos da região central da cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro II, na época com 14 anos, foi apresentado ao novíssimo processo. O interesse surgiu imediatamente, e não demorou muito para adquirir um equipamento para seu próprio uso e melhor compreensão do processo, tornando-se assim o primeiro cidadão brasileiro a realizar uma fotografia.

Digital

A fotografia digital é a mais recente evolução fotográfica. No começo, muitos duvidavam, mas essa tecnologia já ganhou seu espaço. É um sistema que dispensa filmes e forma imagens por meio de pixels (pequenos pontos).

(continua - Capítulo II, Fotografia digital).

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TRIPÉ OU MONOPÉ?


ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

TRIPÉ OU MONOPÉ?
Avalie as vantagens e desvantagens na hora da compra.
(Reprodução da matéria publicada na revista fotomania da Editora Case Editorial – Edição № 08 – site www.revistafotomania.com.br)

                A diferença é obvia, está na quantidade de pernas de cada equipamento. Mas os dois servem para a mesma coisa?

                      A resposta é não!

            Separamos algumas diferenças básicas de cada equipamento de acordo com a sua necessidade:

Tripé

                O Tripé com suas três pernas, permite um tempo indeterminado de “espera” para realização de seu trabalho e possibilita ajustes mais precisos. Porém, seu peso e o fato de estar regulado e apoiado em suas três pernas, não é recomendado para situações que requer velocidade de locomoção.

- Fotografias noturnas: É uma ocasião onde a velocidade do obturador é baixa, isto é, um mínimo movimento e a fotografia acaba tremida. Com o tripé é possível acionar o disparador automático, melhorando ainda mais a qualidade de sua foto.

- Fotografia de esportes: Geralmente são utilizadas lentes “teles” que pesam bastante e limitam a mobilidade do fotógrafo. Com o tripé é possível seguir o movimento do objeto/pessoa a ser retratado, e obter ainda mais a estabilidade desejada.

- Fotografia de natureza: Seu uso é recomendado simplesmente por todo o tempo que você terá que esperar pela “inusitada” pose do animal. Isso poderá levar horas!

- Fotografia macro: O uso do tripé é recomendado pelo fato de ter que estar bem próximo do objeto a ser fotografado. É de grande ajuda na hora de buscar o foco e nitidez, difíceis de serem encontrados com tão pouca profundidade de campo.

Monopé

Destacamos que o Monopé pode ser utilizado para que se tenha maior estabilidade em momentos em que se requer mais agilidade para clicar. Por ser mais leve e menor, é recomendado para viagens e trabalhos onde não há muito espaço para o equipamento.

Sua utilização é muito frequente na captação de imagens em esportes que requerem grande mobilidade por parte do fotógrafo, como o futebol e o surf por exemplo. No mundo dos fotógrafos paparazzis também tem grande valor por ser menor e mais leve, possibilitando uma grande liberdade de movimentos.

O monopé dá a liberdade para um maior tempo de exposição em sua foto, garantia de uma foto menos tremida, de quando tirada com a máquina nas mãos. Porém, em grandes períodos de exposição, o tripé é indispensável.

É assim!
ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fotografia Noturna

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

Lance Keimig

O importante trabalho de Lance Keimig, um especialista em longas exposições.

(Reprodução da matéria publicada pela revista PHOTO MAGAZINE, da Editora Photos – Ago/Set 2011 – ano 7 - №39 - www.photomagazine.com.br).

A LUA COMO TESTEMUNHA

Um tripé no chão e um bocado de ideias na cabeça. Essa adaptação mais do que livre do lema do Cinema Novo de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos – "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça" – poderia servir para o trabalho dos adeptos da fotografia noturna. Para esses apaixonados pela beleza das imagens captadas à noite, a lua, postes, faróis de carros, lanternas ou qualquer outra fonte de luz disponível se tornam, com o indispensável apoio – literalmente – de um bom tripé, os pincéis suficientes para a criação de fotos quase surreais em sua estranheza e impacto, como as assinadas pelo norte-americano Lance Keimig.

Uma das atrações do Estúdio Brasil 2011, que acontecerá em novembro, em São Paulo, Lance se encantou pela fotografia noturna já no começo da carreira, no início da década de 80. "Um dos primeiros filmes que operei foi em meu quarto, com as luzes apagadas. Coloquei a câmera sobre um tripé e fiz longas exposições de minha namorada brincando com lanternas. Fiquei intrigado com o resultado do obturador aberto por muito tempo", lembra. A experiência não trouxe apenas imagens curiosas, mas um caminho para sua trajetória fotográfica. "O potencial criativo dessa técnica é ilimitado", garante. 

Uma das razões de sua paixão pela fotografia noturna – que inclui inspiradas imagens com a técnica do light painting – é a possibilidade de trabalhar sem grandes aparatos tecnológicos. "Além de um tripé resistente e um timer para a câmera, não é preciso dispor de grandes recursos", afirma. Ele diz que câmeras de mecânica simples, como a Hasselblad, são perfeitas para os night shots – especialmente em preto e branco. "O filme ainda é melhor para exposições acima de 30 minutos, e eu continuo apreciando a arte de trabalhar com todo o aparato do laboratório PB", conta. 

Lance não despreza, no entanto, os avanços da tecnologia digital. "É ótimo para o aprendizado, dá uma visão imediata do resultado", analisa. A evolução das câmeras, especialmente dos sensores, também lhe agrada: "Estamos empurrando os limites do que os sensores podem registrar. A partir de 2008, SLRs como a 5D Mark II e a D700 redefiniram os padrões da fotografia noturna. Para fotos em cor, não vejo nenhuma razão para continuar com a película", acredita. 

Ele diz que não há grandes segredos na fotografia noturna – o que não significa que seja um trabalho simples. “Exige dedicação e muita tentativa de erro”, comenta. Nas fotos urbanas, destaca o controle do contraste e a mistura de fontes de luz como algumas chaves do sucesso. Para as de paisagens, em que a luz da lua é predominante, recomenda o uso de iluminação suplementar. “Aumenta o interesse visual”. Outra dificuldade, segundo o fotógrafo, é definir a composição e o foco: “Em condições de baixíssima luminosidade, é um grande desafio”. Como fotografia em Raw, não se preocupa muito com o balanço de branco. “Mas sempre é bom chegar o  mais perto possível do resultado desejado já na câmera”, aconselha. 

Professor da Escola de Fotografia da Nova Inglaterra, em Boston, e em diversos workshops nos Estados Unidos e Reino Unido, Lance também atua como curador na galeria Three Columns, da Universidade de Harvard, além de fotografar coleções de museus e exposições e ter imagens em diversos acervos corporativos e institucionais. “Na maior parte dos casos, vendo minhas impressões diretamente, não através de galerias”, explica. 

Seu envolvimento com a foto começou aos 19 anos, influenciado por uma namorada. “Não tinha noção do que faria na vida, mas assim que comecei a fotografar, descobri que tinha encontrado a minha paixão”, recorda. Fez os primeiros estudos em Baltimore, onde foi criado, e mais tarde se mudou para São Francisco, para estudar com Steve Harper na Academia de Arte, já de olho nas possibilidades da fotografia noturna. “Era a única que tinha uma especialização nesse assunto”, diz.

Em 1997, em parceria com Tim Baskerville, fundou a Nocturnes, especialidade em workshop de fotografia noturna em São Francisco, e desde então vem se dedicando a passar seus conhecimentos sobre o assunto. A partir do ano 2000, criou uma cadeira sobre o tema na Escola de Fotografia da Nova Inglaterra, em Boston, onde também dá aulas de light painting. “Não tenho noção de quantos alunos passaram pelos cursos. O que me alegra é que a maioria se encanta pela técnica e continua voltado a ela”, comemora.

Há uma boa e crescente demanda para esse tipo de imagem, segundo o fotógrafo, especialmente na publicidade e em editoriais. “Mas é um mundo do qual não faço parte”, esclarece. Um bom filão, para ele, é o de fotografia industrial. “Tenho um colega, Tom Paiva, que trabalha muito nessa área, e muitas vezes convence seus clientes a optarem por fotos noturnas das plantas industriais, porque a combinação de luzes cria cores que fazem as industrias, geralmente feias, parecem mais interessantes visualmente”, ressalta.

Além de Paiva (www.tompaiva.com), Lance destaca Michael Kenna (www.michaelkenna.com) como influência em seu trabalho, além do próprio Tim Baskerville, parceiro no grupo Nocturnes (www.thenocturnes.com), e de Scott Martin (www.on-sight.com). Outra fonte que recomenda para se apreciar boas imagens na área é www.darknessdarkness.com , fruto da curadoria do trabalho de 35 fotógrafos para a galeria de Harvard. “Há muitas pessoas verdadeiramente criativas trabalhando com isso. O Flickr é um grande canal para ver alguns desses ensaios”, recomenda.

Autor de um livro, Night Photography (lançado em quatro idiomas e com lançamento para o mercado brasileiro previsto para o mês de novembro), e com outros em fase final, Lance diz que seu workshop no Brasil terá uma intensa apresentação técnica, seguida de varias horas de prática. “Os alunos terão grande entendimento dos princípios básicos do tema e um forte desejo de continuar se aventurando na fotografia noturna”, assegura o fotógrafo, que também sobe ao palco do Teatro das Artes para apresentações ao vivo de light painting. Boa oportunidade – para notívagos ou não.

Fotos de Lance Keimig






ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS