sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fotografia Digital - Capítulo II - Nova era digital


ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

FOTOGRAFIA DIGITAL – Nova era visual.

(Artigo tirado da revista FOTOGRAFIA DIGITAL, da Editora Escalawww.escala.com.br)

Digitalização tornou a fotografia mais acessível para quem não pensa em se profissionalizar.


Capítulo II
Nova era visual

Fotografia digital
A fotografia digital teve seu primeiro modelo em 1975. Foi construída por Stven J. Sasson, um funcionário da Kodak. O protótipo pesava aproximadamente três quilos, a resolução era somente 0,01 megapixel. A imagem demorava 23 segundos para ser gravada numa fita cassete digital e mais 23 segundos para ser lida e transmitida numa televisão. Hoje, a fotografia digital é uma realidade. O preço de uma máquina digital já é acessível para muitos bolsos.
O processo e mecanismo de uma câmera digital é semelhante ao analógico. O princípio continua o mesmo. A primeira coisa que precisa saber é que as câmeras digitais não utilizam filme, ela captura a  luz da cena a ser fotografada por meio de células fotossensíveis chamadas Charged Coupled Device (CCD). Essa informação é captada analogicamente, depois é digitalizada e armazenada em um meio magnético, que pode ser smart card ou memória stick. Com essa tecnologia, a imagem pode ser armazenada como arquivo digital e posteriormente ser alterada.

Tipos de câmeras digitais
Atualmente, os fabricantes oferecem diversos tipos de câmeras digitais, com desenhos diferentes, cores, mais ou menos funções, resolução de imagem e preço. Basicamente, existem três tipos de câmeras digitais: as automáticas, as semiprofissionais e as profissionais.

Automáticas
São pequenas e de fácil manuseio. Mesmo não sendo profissionais, algumas têm mais de 10 megapixels. Com as automáticas, o único trabalho do fotógrafo é apertar o botão. Em alguns modelos, o usuário pode editar a imagem na própria câmera. Entre as três categorias são a de menor preço.
Seu corpo e material interno não são tão resistentes e não possuem a mesma qualidade óptica das profissionais.

Fotometria/medição de luz
Alguns modelos permitem escolher o modo de medida de luz:
  • Multipontos – normalmente chegam a ter 10 pontos, o objetivo é avaliar a luz de toda cena;
  • Central – como o nome mesmo já diz, concentra-se na região central do assunto a ser fotografado;
  • Pontual – é praticamente uma mira, apenas um ponto focado no assunto que o fotógrafo desejar.

Foco
As câmeras automáticas não permitem o foco manual. Alguns modelos os modos:
  • Multizona – avalia toda cena, é mais recomendado para iniciantes;
  •  Central – avalia a região central da cena;
  • Pontual – se concentra apenas no centro da cena.

Balanço de branco
Esse recurso não é disponível em todas as câmeras, mas é essencial. Com ele, é possível corrigir a iluminação de uma cena:
  • Auto – a câmera escolhe o melhor ajuste;
  • Luz do dia – quando estiver em cenas externas, com dia de sol;
  • Tungstênio – corrige o amarelado da luz de tungstênio;
  • Fluorescente – corrige o esverdeado da luz fluorescente;
  • Nublado – ajuda a deixar a cena menos escura em dias de pouco sol.

Disparador automático
Permite que você junte seus amigos e também saia na foto.

Semiprofissionais
Essa permite total autonomia do usuário, ou seja, ela pode ser operada de forma manual. As SLR (Single Lens Reflex)  - sistema automático de espelhos e pentaprisma para enviar a imagem para o visor. Com ele, o fotógrafo vê exatamente a mesma imagem que vai ser exposta no vídeo ou papel – permite que o fotógrafo veja a imagem real que será transmitida para o CCD. As máquinas automáticas mostram apenas um esboço da cena. Isso torna possível controlar todos os recursos disponíveis na câmera: balanço de branco, velocidade, abertura do diafragma, entre outros.

Profissionais
A digitalização da fotografia é recente, há pouco tempo muitos duvidavam do uso de digitais por profissionais. Quem pensou dessa maneira errou. Elas já são uma realidade, são utilizadas no fotojornalismo e também em grandes estúdios.
A diferença da DSLR (Digital Single Lens Reflex) – em uma tradução livre quer dizer “câmera digital de reflexo por uma lente” – é que a luz que entra através da lente é refletida em um espelho e transferida para uma tela de visualização. Um conjunto de espelho e vidros mostra a cena real. Nessas maquinas, seu monitor LCD só é utilizado depois de feito o disparo, ele só mostra o resultado.
Elas possuem material mais nobre, o que as tornam mais resistentes, e sensibilidade do ISO maior. Além do JPG, permitem outros formatos, como TIF e AW.
Elas têm resposta mais rápida no foco, fotometria, disparo, entre outros.

O que é pixel?
Uma explicação simples é que a fotografia digital é formada por centenas de milhares ou de milhões de minúsculos quadrados chamados pixels. Na pintura, existe uma técnica chamada pontilhismo, é basicamente isso que acontece em uma imagem digital. A tela do seu computador também é formada por pixels. Quando você altera a resolução do seu vídeo, está alterando o tamanho da imagem. Observe que quanto maior a quantidade de pixel, melhor será a imagem, seja impressa ou na tela do vídeo.

ISO
O ISSO indica a sensibilidade da câmera à luz. Maior sensibilidade exige menos luz para produzir uma foto. A maioria das câmeras digitais é equipada com modo automático que regula o valor da ISO conforme a quantidade de luz da cena. Em ambientes bem iluminados os valores devem ser os menores possíveis e altos valores de ISO ajudam a fotografar em ambientes mais escuros sem uso de flash.
O ISO 100 é mais adequado para dias de sol. Para nublados, o 200 é o mais apropriado. Para cenas de pouca luz, como shows, baladas e festas noturnas, é possível usar uma sensibilidade de 400. Na publicidade, é usado o ISO 50, uma sensibilidade rica em detalhes.

Diafragma
É o dispositivo que regula a abertura de um sistema óptico, em suma, regula a entrada de luz. É formado por um conjunto de lâminas em espiral, que serão mostrados no Capítulo III – Técnica e prática – Técnica fotográfica.
A escala do diafragma é universal. Ela começa com f/1, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/44, f/64, etc. Observe que quanto menor o valor “f”, maior será a passagem de luz. Então, quanto maior número “f”, menor a quantidade de luz que passará pelo diafragma.
A abertura do diafragma tem influência na profundidade de campo (região da área a fotografar que ficará nítida, caso seja corretamente focalizada). É recomendado o uso de aberturas médias, dessa maneira não irá cometer tantos erros.

Obturador
É um dispositivo mecânico, parecido com uma cortina que abre e fecha. Sua função é controlar o tempo de exposição da célula fotoelétrica à luz. O obturador fica atrás do diafragma. Trabalhando de forma correta, o fotógrafo pode criar diferentes efeitos. Alguns desses efeitos serão mostrados mais adiante.

Objetiva
A objetiva é o conjunto de lentes. É a parte mais importante da câmera. Quando você utiliza o foco ou o zoom de sua câmera é a objetiva que realiza esse trabalho. Objetivas são diferenciadas por sua distância focal.

Recursos que elas oferecem
Quase todos os modelos permitem fotografar ou filmar uma cena, além de gravar som.
Os modelos mais recentes disponibilizam saída de vídeo, ou seja, é só conectar na TV e assistir seu filme ou ver suas fotos.
Mesmo sendo câmeras automáticas, o usuário pode controlar o ISO ou optar pelo modo automático. Alguns modelos chegam até o ISO 1200.

Por dentro da inovação
As câmeras digitais têm sua aparência e funcionamento muito próximos das analógicas. Não importa a marca ou modelo, todas precisam ter lente, diafragma e obturador.

A diferença é que a digital capta a imagem através de um dispositivo chamado sensor de imagem ou CCD. Nessa minúscula peça, existem outras que transformam cada imagem fotografada em pixels.

Quando o obturador é aberto, a célula fotoelétrica passa a receber luz, essa é medida e ajustada pela câmera. Cada ponto de luz é uma carga elétrica. Os assuntos mais claros mandam uma carga maior para o pixel. Já as partes de sombra recebem uma quantidade menor. Nas câmeras analógicas, a medição de luz era feita pelo fotômetro, instrumento que possui célula foto sensível que mede a intensidade da luz e fornece a indicação correta da relação entre a abertura do diafragma e a velocidade do obturador, isso conforme a sensibilidade do filme a ser usado.

A carga elétrica enviada para cada pixel é convertida em número digital.

Dentro da câmera, existe um chip, que processa milhões de informações em questão de segundos.

(continua - Próximo capítulo, Teoria e prática).

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

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