sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Fotografia Digital - Capítulo I - História e evolução da fotografia


ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

FOTOGRAFIA DIGITAL – Uma arte sem mistérios.

(Artigo tirado do livro FOTOGRAFIA DIGITAL, da Editora Escalawww.escala.com.br)

O poder da imagem

A digitalização das máquinas fotográficas e a maior facilidade dos amadores em adquirir um equipamento novo e tratar sua foto no computador fez que esta publicação fosse criada. Com o objetivo de aproximar todos os interessados na arte da fotografia ao universo do conhecimento técnico e aprofundado sobre todos os temas que envolvem a produção de uma peça fotográfica; ISSO, pixel, diafragma, obturador, lente e muitos mais compõem esse projeto feito sob medida para quem busca melhores produções e fazer bonito em qualquer evento.


Assim, os apreciadores de uma boa foto poderão por meio das próximas páginas absorver informações para seu desenvolvimento prático. Veja tudo o que você precisa saber sobre os conceitos aplicados pelos profissionais em seus trabalhos, técnicas criadas durante décadas, equipamentos essenciais para o cotidiano, além de uma definitiva apresentação de como tratar uma foto utilizando o lendário photoshop.


Aproveite e mergulhe fundo na história da fotografia e de seus criadores, saiba como produzir uma foto para cada tipo de situação e de que forma comprar corretamente o modelo que melhor se aplica aos seus objetivos.
  

Se você já é um apaixonado pela arte de fotografar, após a leitura e estudo das dicas e lições presentes aqui, sua visão de mundo será outra e suas fotos ganharão vida.

Os editores



O Atila’s Produções Fotográficas reproduz, em nove capítulos,  a matéria publicada no livro Fotografia Digital - Uma arte sem mistérios e o primeiro capítulo será a História e evolução da fotografia.



Capítulo I
 História e evolução da fotografia

Primeiras cenas

A invenção abriu as portas para um novo tipo de arte e relacionamento do homem moderno com o mundo a sua volta.

Joseph Nicéphore Niepce precisou dez anos de constantes experiências para chegar a uma imagem inalterada, produzida através da ação direta da luz. Em 1826 ele “fotografou” a vista da janela do sótão de sua casa. Parece um absurdo, mas registrar a imagem ele precisou de uma exposição de oito horas; hoje se faz o mesmo em avos de segundo.

A descoberta de Niepce se deve a outras tentativas, de outros inventores, ao longo dos séculos. Por exemplo, o princípio óptico da câmara escura foi descoberto há cerca de 500 anos a.C., pelo chinê Mo Tzu. Outra corrente de pesquisadores acredita que o filósofo grego Aristóteles fez essa descoberta quando estava sentado embaixo de uma árvore. Lá, ele pode observar, em um eclipse solar parcial, que os raios passavam pelos menores orifícios produzidos entre as folhas e formavam uma imagem mais nítida.

Contudo, eram tempos de superstição e muito desconhecimento. Esses fatores fizeram com que os avanços fossem temporariamente esquecidos. Somente no século 11, o uso da câmera escura passou a ser usado para observar eclipse solares sem prejudicar a visão.

Em 1685, Johan Zahn descreveu a utilização de um espelho, para direcionar a imagem que aparecia invertida ao plano horizontal.

Daguerreótipo

A descoberta decisiva para a fotografia aconteceu em 1835, ano em que Louis Daguerre guardou, sem querer, uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata em um armário. Eureka! No dia seguinte existia uma imagem revelada sobre a chapa.

Quatro anos depois, vendeu seu invento, daguerreótipo, ao governo francês. A engenhoca foi aperfeiçoada. A sensibilidade das chapas foi aumentada, a posição da imagem corrigida, acrescentando-se prismas (espelhos) às objetivas (lentes), E o ouro foi incorporado ao processo de fixação.

Foi Josef Petzal, um matemático húngaro quem popularizou o daguerreótipo e a fotografia. Isso porque ele fabricou uma lente nova e dupla, trinta vezes mais rápida do que a usada na época, essa evolução reduziu o tempo de exposição. Contudo, esse processo produzia apenas uma fotografia.

Precisou o inglês Fox Talbot  inventar, por volta de 1840, o primeiro sistema simples para a produção de um número indeterminado de cópias a partir da chapa exposta, A partir deste ponto surgem as verdadeiras bases para o desenvolvimento da fotografia.

Guerras

Em 1851, a calotipia, método de Talbot, foi superada pelo processo de colódio úmido, inventado por Frederick Scott Archer. Com esse sistema, nasceu a fotografia temática, área na qual se destacam as fotos feitas por Roger Fenton durante a Guerra da Crimeia e por Mathew Brady na Guerra de Secessão nos EUA.

No final da década de 1870, a chapa úmida tornou-se obsoleta. Ela deu lugar à chapa de gelatina, inventada por Richard Leach Maddox. Não havia mais necessidade de untar as chapas antes da exposição ou de revelá-las imediatamente depois.

A chapa seca de gelatina tornou simples a técnica fotográfica e revolucionou o desenho das câmeras. Com o novo material, era possível registrar cenas em movimento, desde que as máquinas tivessem um obturador instantâneo.

Nas décadas seguintes, as câmeras fotográficas ficaram cada vez mais sofisticadas e seu tamanho já era próximo do que temos hoje.

Em 1925, surgiu a Leica, seu uso inicial era para testar os filmes de cinema. Durante um bom tempo, foi desconsiderada no meio fotográfico até que alguns fotógrafos perceberam suas vantagens: tamanho reduzido, que permitia discrição e facilidade de transporte, e sua qualidade óptica e de definição. Ainda é considerada uma das melhores câmeras 35 mm não reflex (visor direto). 

Kodak

A história da Kodak é um capítulo à parte. George Eastman foi o grande responsável por tornar a fotografia acessível ao público. Insatisfeito com o processo de colódio úmido, Eastman passou a utilizar a emulsão de gelatina sensível. Em pouco tempo começou a fabricar e vender sua própria produção.

Com a boa aceitação, não teve dúvidas e largou seu emprego bancário para fundar a Eastman Dry Plate Company em 1881. Em 1884, juntou-se a William H. Walker e inventou um chassi para 24 exposições, que podia ser encaixado em qualquer câmera padrão, para fotos em chapa.

Quatro anos depois, ele lançou a câmera Kodak: modelo compacto, com chassi completo que tinha rolo de filme para cem exposições circulares. Foi uma verdadeira revolução. Com isso, o fotógrafo podia se preocupar apenas em bater a chapa e conferir o resultado.

Depois que as fotos eram realizadas, a câmera era enviada de volta à fábrica e devolvida recarregada com cem cópias montadas em cartão. O slogan da Kodak era: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. Nascia a fotografia moderna, com ela os aperfeiçoamentos não demoraram a surgir.

Foram lançados filmes em celuloide transparentes, tanto para uso na Kodak como para qualquer máquina de filme em rolo.

Mesmo com diversos avanços, Eastman ainda buscava a redução de preços, isso, ele só conseguiu quando lançou o filme de rolo em cartucho. A Kodak de bolso, Brownie, começou a ser vendida em 1897 e unia simplicidade, qualidade e preço baixo. Pronto! A fotografia se tornava popular.

No Brasil

Em 1824, chegou no Brasil o francês Antonie Hércules Romuald Florence. Durante 50 anos, dedicou seu tempo a inventos, e diante da necessidade de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão. Isso em 1832, portanto, antes de Daguerre. O processo fotográfico que chamou de Plygraphie reproduzia imagens pela luz do sol. No ano seguinte, Florence fotografou com uma câmera escura e chapa de vidro e usou um papel sensibilizado para impressão por contato.

D. Pedro II 

Em 17 de janeiro de 1840, o abade francês Louis Compte, capelão do L’Orientale, navio-escola franco-bela que dava a volta ao mundo e chegara há pouco da Europa, produziu os primeiros daguerreótipos do Brasil, todos da região central da cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro II, na época com 14 anos, foi apresentado ao novíssimo processo. O interesse surgiu imediatamente, e não demorou muito para adquirir um equipamento para seu próprio uso e melhor compreensão do processo, tornando-se assim o primeiro cidadão brasileiro a realizar uma fotografia.

Digital

A fotografia digital é a mais recente evolução fotográfica. No começo, muitos duvidavam, mas essa tecnologia já ganhou seu espaço. É um sistema que dispensa filmes e forma imagens por meio de pixels (pequenos pontos).

(continua - Capítulo II, Fotografia digital).

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

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