quinta-feira, 22 de maio de 2014

Como tirar foto de fumaça!


ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS
(Artigo publicado no site FotoDicasBrasil por Simxer - http://fotodicasbrasil.com.br/como-tirar-foto-de-fumaca/#_)

 


 
Como tirar foto de fumaça

 
(Essa é uma técnica que eu gosto muito, fotografia de fumaça, além das muitas variações de resultados, o pós processamento acrescenta mais possibilidades ainda, ou seja, é uma técnica que permite praticar a imaginação e criatividade.
 
Por isso, trouxe este artigo do fotógrafo Iaroslav Lazunov onde ele mostra como conseguir bons resultados com em setup simples!
Espero que goste!
Abraços,
Simxer)
 
 
Por: Iaroslav Lazunov:
Hoje nós vamos nos aprofundar na área de fotografia de fumaça, investigar algumas das técnicas de pós-processamento disponíveis para você, e também alguns métodos diferente para obter certos efeitos. Pegue sua câmera e junte-se a nós!
 
Passo 1: Escolhendo o Equipamento
Ao fotografar a fumaça, você pode conseguir imagens espetaculares usando o mínimo de equipamento. Eu usei o kit seguinte no tutorial de hoje:
  1. Um flash pré-histórico lançado nos anos 80 (poder de alcance – 35Ws)
  2. Um pequeno holofote de halogênio com poder de 100 W (vendida em lojas de ferramentas)
  3. 2 tripés para segurar os holofotes
  4. Gatilho de Flash Ótico
  5. Sensor de Luz
  6. Plano de fundo de pano preto (quadrado de 1,5m)
  7. Câmera DSLR Pentax K-m com lentes DA 18-55 mm

 
Passo 2: Configurando a Iluminação
Garanta que o seu flash esteja instalado de uma forma que ilumine o alvo de lado. A parte mais importante é que a luz do flash não deve iluminar o plano de fundo. O meu flash tem um ângulo de iluminação horizontal – cerca de 55 graus – então posicionar o plano de fundo a cerca de 70cm do flash, significa que ele ficará na sombra. Se o seu flash tiver um ângulo de iluminação maior, você terá que instalar algum limitador de ângulo de iluminação.
Posicione o seu holofote de halogênio oposto ao flash. Ele possui uma função auxiliar – iluminar a fumaça para o sistema de foco. O holofote fornece muito menos luz do que o flash, e não afeta a imagem final.
O quarto onde a foto é tirada não deve ter mais nenhuma outra luz. A escuridão completa não é necessária, mas é melhor quando as cortinas ou persianas das janelas estão fechadas.
 
Passo 3:  Plano de Fundo
Para o plano de fundo, eu usei um pedaço de pano preto sintético de cerca de 1 metro quadrado. Na verdade, você pode fazer isso sem o plano de fundo, se a sala onde a foto for tirada for escurecida, e as paredes e móveis não forem muito brilhantes e localizados a uma distância de mais que 2 metros da fumaça.
 
Passo 4: Incensos
Para a fonte da fumaça, eu usei incensos. Eles provêm um fluxo constante de fumaça durante o tempo em que ficam queimando. Os incensos queimam por cerca de 45 minutos, o que é o suficiente para fotografar de 300-400 vezes.
Para segurar os incensos, eu usei um prendedor usado para segurar componentes eletrônicos. Isso me permitiu inclinar o incenso para qualquer ângulo, e também levantá-lo enquanto queima. Se você não tem um desses, o incenso pode ser colocado em qualquer suporte (até mesmo em um pedaço de massa de modelar).
Apenas não se esqueça de colocar um pedaço grosso de papelão ou plástico embaixo do incenso, para que não caia cinzas em sua mesa de jantar cara!
 
 
 
Passo 5: Configuração da Câmera
 
Todas as imagens neste tutorial são feitas com os seguintes parâmetros: ISO (100), Tempo de Exposição 1/160 segundos (o tempo de exposição mínimo da sincronização da minha câmera), uma abertura de f9, e um contraste de “Dia.
 
Você precisa tomar muito cuidado para colocar a exposição correta na câmera, porque a correção de exposição subsequente no pós-processamento pode levar à perda de uma grande quantidade de detalhes. A exposição deve ser escolhida de forma que o plano de fundo fique completamente preto (não mais do que 10 em cada canal RGB).
 
 
Passo 6: Técnicas de Fotografia
 
Durante esta foto, a câmera foi segurada sem um tripé. A duração de um flash é suficientemente pequeno para evitar que a foto fique borrada. O foco automático de câmeras DSLR modernas é rápido o suficiente, e consegue se focar no fluxo de fumaça.
 
O ponto mais importante é que não pode haver brisas ou sopros de ar vindo de ar condicionado, ventiladores ou qualquer outra coisa no quarto onde você tira as fotos. Mesmo depois de acender um incenso, você deve se sentar e ficar imóvel por alguns minutos antes de começar a fotografar, para que o movimento do ar se acalme e a fumaça comece a subir verticalmente.
 
 
 
Passo 7: Brincando com a Fumaça
 
Apesar do fluxo parecer aleatório, o comportamento da fumaça está sujeito a certos padrões. Até certa altura, a fumaça sobe bem suavemente. Em um ponto particular, a fumaça começa a tomar formas bizarras enquanto se mistura com o ar. Esta é a parte mais interessante para fotografar.
 
Qualquer movimento deliberado do ar desfaz o fluxo suave da fumaça, causando efeitos interessantes que podem adicionar um novo ângulo à sua fotografia.
 
Após tirar algumas fotos, você aprenderá a entender o comportamento da fumaça e a gerenciá-lo, causando certos efeitos.
 
 
 
 
Passo 8: Pós-Processamento
 
Quando você terminar de fotografar, você pode passar todas as suas imagens para o computador para pós-processamento. Se a foto saiu de acordo com os planos, isto não deve demorar muito. Um bom lugar para começar pode ser ajustando o contraste da imagem (Imagem> Ajustes> Brilho/Contraste).
 
Mesmo sem nenhum processamento adicional, a fumaça tem um tom azulado e ele fica impressionante em um plano de fundo preto.
 
Fotos de fumaça costumam ter defeitos na forma de pontos de brilho – devido a partículas de cinzas, que sobem com a fumaça. Infelizmente, você não pode evitar isso completamente enquanto fotografa, então você tem que consertar depois com a Ferramenta de Clonagem (clone stamp).
 
 
 
Passo 9: Fumaça Colorida no Preto
 
A próxima possibilidade a explorar é a criação de fumaça colorida em um plano de fundo preto. Carregue a imagem no Photoshop. Copie a imagem para uma nova camada. Com a ajuda da Ferramenta de Gradientes, preencha o plano de fundo com um gradiente triplos de roxo até vermelho até amarelo (R156 G0 B216> R255 G32 B0> R255 G255 B0). Aplique o modo de mistura Múltipla.
 
 
 
 
Passo 10: Fumaça Colorida no Branco
 
Outra possibilidade é mudar o plano de fundo, e fazer fumaça colorida no plano de fundo branco. Carregue a imagem no Photoshop. Copie a imagem para uma nova camada. Transforme a imagem em um negativo clicando em Imagem> Ajustes> Inverter.
 
Com a ajuda da Ferramenta de Gradiente preencha o plano de fundo com um gradiente complexo do roxo até o vermelho e amarelo para laranja (R78 G0 B129> R255 G0 B0> R255 G255 B0> R198 G101 B31). Aplique o modo de mistura Luminosa.
 
 
 
 
Passo 11: Fumaça Natural no Branco
 
Finalmente, nós vamos considerar como conseguir a sua cor de fumaça natural em um fundo branco ao invés do preto onde nós fotografamos. Carregue a imagem no Photoshop.
 
Inverta a imagem como antes, depois vá para Imagem > Ajustes > Tom/Saturação e ajuste os valores para os mesmos da imagem abaixo. Se tudo der certo, você terá uma cor azul natural de fumaça em um plano de fundo branco (você pode experimentar até a cor ficar como você quer).
 
 
 
 
 
Conclusão
Como podemos ver, usando um conjunto mínimo de equipamentos simples e materiais disponíveis, é bem fácil tirar fotos espetaculares de fumaça. Esta é uma área fascinante da fotografia, e te fornece bastante espaço para experimentar com diferentes efeitos no pós-processamento.
 
Texto original aqui
 
ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS
 

 

sábado, 26 de abril de 2014

Silhueta, como fazer?

ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

(matéria publicada no site http://fotodicasbrasil.com.br/silhueta-como-fazer/)



Silhueta, como fazer?


Voltamos com as dicas de como fotografar situações específicas. Hoje ensinaremos como você pode fazer belas fotografias de silhuetas. Interessante, não é mesmo? As fotos de silhuetas ficam muito bonitas quando bem feitas e é isso que você fará quando tiver um pouco de prática e se seguir nossas dicas.

Capriche e faça belas fotos de sua família, seus amigos e até de pessoas que contratem você para fins comerciais.  Não tenha medo de treinar, invista uma parte do seu tempo para isso e verá que no final valeu muito a pena.


Vamos ao trabalho?



Para fazer fotos desse tipo, você precisará, antes de tudo, colocar o assunto em frente a uma luz e deverá configurar a exposição para o fundo e não para o objeto. Isso porque é ao fundo que estará a luz, é ela que fará a silhueta no assunto fotografado e o deixará subexposto. Fantástico e não muito difícil de fazer, bastam apenas algumas configurações. Agora, as dicas.

Dicas práticas e simples para fotografar silhuetas

Você precisa escolher um assunto forte, que se destaque mesmo em preto. Isso porque a silhueta irá deixar o objeto ou assunto nesta cor e, se ele não tiver essa força, não chamará a atenção, já que a câmera irá focar na luz e não no objeto. Prefira imagens que tenham forma bem definida também, para que seja bem entendido o que é o assunto na fotografia.

Desligue o flash para fotografar silhuetas. Precisaremos desabilitar esse recurso porque não queremos a imagem iluminada, pelo contrário, desejamos menos luz possível nela.

Como citamos anteriormente, o objeto precisa ficar atrás de uma fonte de luz. Então, o assunto precisa ficar atrás de uma luz artificial ou natural, entre a câmera e essa luz. Dessa forma o objeto ficará escuro e a luz é que será fotografada em primeiro plano.


Normalmente as fotos de silhueta são feitas com a luz do pôr do sol. Não necessariamente precisam ser feitas com pessoas, você pode enquadrar qualquer forma de paisagem ou inserir um objeto em frente ao sol se pondo para obter esse efeito. O pôr do sol é um excelente plano de fundo para esse tipo de fotografia, com a iluminação ideal.


Para fotografar várias silhuetas em uma mesma imagem, você precisa tomar muito cuidado para que elas não fiquem todas unidas, precisa que todas elas fiquem bem distintas e identificáveis. Por isso, precisa separar os assuntos, assim cada um terá a sua forma preservada.


Precisaremos enganar a câmera automática para fazer fotos desse modo. Isso porque ela vai iluminar o assunto e a silhueta não ficará visível. Como faremos isso? Apontando a câmera para a luz e dando um meio click, fazendo com que ela meça a iluminação do ambiente. Não solte nem aperte o botão e aponte a câmera agora para o assunto, fazendo o disparo definitivo.

Nas câmeras manuais, o que fazemos é aumentar a velocidade do obturador para que o objeto fique mais escuro. Faça testes com várias velocidades e escolha a que mais escurecer o objeto, fazendo a silhueta mais definida. Você pode, também, utilizar a mesma técnica de enganar a câmera, se preferir.

Com o meio click, a câmera não somente medirá a luz, ela também ajustará o foco e dará mais nitidez à fotografia. Desse jeito, o plano de fundo iluminado ficará nítido e os assuntos ficarão desfocados. Você pode corrigir esse desfocamento se tiver foco manual ou então diminuir o valor de f (abertura do diafragma), fazendo com que a profundidade de campo (DOF) seja aumentada e assim tendo tanto o assunto quando o plano de fundo focados.

© Foto Dicas Brasil


Você pode também aumentar o contraste entre a iluminação de fundo e as silhuetas com os editores de imagem. Não é pecado nenhum, pelo contrário, é prática comum entre muitos fotógrafos. Faça isso nas opções de controle de exposição e iluminação. Mas, preste atenção! Nada de exageros, faça apenas leves mudanças de contraste para dar os toques finais, preservando a imagem original. No Photoshop, você pode se utilizar da ferramenta Burn e obter excelentes resultados.

Os valores de ISO precisam ser baixos para que a imagem fique subexposta. Se você deixar um valor mais alto, a imagem toda ficará escura e você não conseguirá distinguir a silhueta. Se usar um valor muito baixo, ela ficará muito clara, superexposta e o objetivo de silhueta não será atingido.

Não tenha medo de improvisar. Você pode deitar no chão e fazer lindas imagens de silhuetas enquadrando pessoas em frente ao céu azul. Vitrais de igrejas são também excelentes formas de produzir silhuetas fantásticas. Vale colocar o assunto na frente de qualquer fonte de iluminação. Seja criativo!

Eu sei que as nossas referências são, na maioria das vezes, imagens com o entardecer como a maioria que ilustraram este artigo até aqui, mas para mostrar que é possível fazer um trabalho diferente e ainda incrível, seguem três exemplos que podem te inspirar a começar um projeto fotográfico!

O fotógrafo suíço Phillipp Schmidli utilizou a mesma técnica para tirar uma foto em homenagem ao filme E.TS.

© Phillipp Schmidli


O fotógrafo zimbabuano Brendon Cremer mostra a silhueta dos maiores e principais animais de parques ecológicos africanos em suas fotos.
© Brendon Cremer


E o fotógrafo inglês Jasper James, que tem um projeto de fotografias de cidades através de silhuetas, o “City Silhouettes” que vale muito a pena conhecer.
© Jasper James


Bom, faça de sua câmera um brinquedo que merece tempo para ser descoberto. Faça testes e descubra suas próprias técnicas para obter silhuetas perfeitas! 

A foto em destaque é a “Moon Silhouettes” de Mark Gee.

ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS



quinta-feira, 24 de abril de 2014

A regulamentação da profissão de fotógrafo


ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

(Matéria publicada no site http://photos.uol.com.br/)

 Por : Paula Menezes do Portal Photos  

(http://photos.uol.com.br/materias/ver/95204).

 

A regulamentação da profissão de fotógrafo

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.176/2011 (leia a íntegra). Em breve, este Projeto de Lei será enviado para votação no Plenário e, após a sanção da Presidente, entrará em vigor.

Mas, o que significa exatamente a regulamentação proposta? Quais a vantagens da regulamentação para os fotógrafos? E quais as desvantagens?

Quando uma lei regulamenta uma profissão, define o que é essa profissão e quem está apto a exercê-la. Além de poder definir e regular outros detalhes inerentes à atividade em questão.

É exatamente isso o que faz o PL 2.176/2011 faz, ou seja, define que é fotógrafo profissional[1] aquele que, com o uso da luz, registra imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível ou meios digitais, com a utilização de equipamentos óticos apropriados, seguindo o processo manual, eletromecânico e da informática até o final acabamento.

O Projeto de Lei 2.176/2011 também regulamenta quem está apto a exercer a profissão de fotógrafo. Todos aqueles que se formarem em fotografia no ensino superior ou técnico, por instituições devidamente reconhecidas. Os que não tiverem diploma deverão comprovar o exercício da profissão por dois anos antes da entrada da lei em vigor.

De acordo com o PL 2.176/2011, a atividade profissional de fotógrafo compreende:

(i) a fotografia realizada por empresa especializada, inclusive em serviços externos;

(ii) a fotografia produzida para ensino técnico e científico;

(iii) a fotografia produzida para efeitos industriais, comerciais e de pesquisa;

(iv) a fotografia produzida para publicidade, divulgação e informação ao público;

(v) o ensino de fotografia; e,

(vi) a fotografia em outros serviços correlatos.

 

A discussão sobre as vantagens e desvantagens desse Projeto de Lei é muito ampla. Se uns dizem que a regulamentação vai trazer proteção aos fotógrafos, outros alegam que é um protecionismo desnecessário.

Há quem entenda que a regulamentação vai incentivar o surgimento de Leis que possibilitem vantagens fiscais aos profissionais. Muitos dizem justamente o contrário: que a regulamentação vai propiciar uma tributação mais rígida aos fotógrafos e consequentemente provocará um aumento de seus custos.

Enquanto alguns entendem que a regulamentação trará maior segurança aos profissionais da fotografia, como por exemplo, garantia de aposentadoria e outros benefício do INSS, outros defendem que vai aumentar a burocracia para o exercício da profissão.

Muitos fotógrafos acreditam que a regulamentação trará uma maior valorização à profissão. Porém, há um grupo que entende que, na verdade, trata-se de um protecionismo desnecessário, que poderá impedir o desenvolvimento profissional de um amador, gerando uma reserva de mercado indesejada.

O assunto é realmente polêmico.

Questiona-se se a profissão de fotógrafo é realmente tão desvalorizada quanto alguns dizem ser. E se for, será que a regulamentação será suficiente para alterar essa situação?

Outra questão é: a simples abertura de uma empresa dentro das normas legais não seria suficiente para caracterizar o exercício profissional da fotografia? E com relação ao profissional autônomo? Se este recolhe seus impostos, contribuições e taxas, já não é um profissional? Será preciso uma lei que diga isso?

Enfim, o Projeto de Lei 2.176/2011 não prevê a forma como deverá ser realizada a “inscrição” dos fotógrafos, nem quanto tempo um fotógrafo terá para regularizar sua situação profissional após o início da vigência da lei. Tudo isso ainda terá que ser regulamentado após a aprovação do Projeto, o que demora tanto quanto a aprovação do próprio PL.

De qualquer forma, vamos acompanhar de perto os desdobramentos do assunto, para mantê-los atualizados.

[1] O atual texto do PL 2.176/2011 exclui o exercício da função de repórter-fotográfico de sua regulamentação.
 
ATILA'S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS