ATILA PRODUÇÕES
FOTOGRÁFICAS
Conheça técnicas e dicas
Por
ADRIANO HAMAGUCHI
Para o TechTudo - http://www.techtudo.com.br/
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Confira
neste artigo dicas para fotografar quedas d’água. O Brasil oferece muitas
opções de paisagens para os amantes da fotografia e da natureza, então
prepara-se para conseguir os melhores cliques de cachoeiras.
Fotografia
de Foz do Iguaçu, utilizando as configurações 1/3 segundos, F10 e ISO 100
(Foto: Marcio Cabral)
Se
seu objetivo é exclusivamente a fotografia, pesquise sobre as condições
climáticas e a melhor época do ano para fotografá-las. Em épocas com chuvas
excessivas, a cor da água tende a ficar mais turva, por causa da quantidade de
sedimentos suspensos na água. Em épocas de estiagem, a pouca quantidade de água
pode decepcionar.
A escolha do local
Os
“cartões postais” garantem boas imagens, mas as cachoeiras menos conhecidas e
de difícil acesso podem revelar paisagem belíssimas e inéditas para muitas
pessoas.
Cachoeira
do Fundão, na Serra da Canastra, à esquerda (Foto: Adriano Hamaguchi) e
Cachoeira do Buracão, em Ibicoara, à direita (Foto: Adelano Lázaro)
Preparando para fotografar
O
uso do tripé é fundamental para obter o efeito “véu de noiva”, porque é
necessário utilizar uma velocidade baixa. Você até pode improvisar apoiado a
câmera em um lugar estável, tal como uma pedra, mas precisará tomar cuidado
redobrado para não molhar o equipamento.
Outro
acessório importante é o filtro polarizador. Com ele acoplado à sua lente, é
possível filtrar determinados raios de luz para diminuir os “clarões” e atenuar
partes superexposta da imagem.
Imagem
mostra os ângulos dos raios de luz capturados sem o filtro polarizador circular
à esquerda e com o filtro à direita (Foto: Adriano Hamaguchi)
Basta
girá-los para obter diferentes níveis e ângulos de iluminação a serem
capturados pela câmera. Assim é possível capturar apenas a iluminação provida
da cachoeira, superfícies e vegetação.
Diferentes
ângulos do filtro polarizador circular resultam em níveis variados de luz capturada
(foto: Reprodução/Wikipedia)
Com
filtro também é possível atenuar reflexos na água e capturar detalhes que foram
ocultados.
Comparação
de duas fotografias sem filtro polarizador, à esquerda, e comeste filtro, à
direita (Foto: Alex Wise)
Outra
vantagem é o ganho na qualidade das cores da imagem, que não serão ofuscadas
pela iluminação. Na imagem abaixo, observe como os reflexos nas pedras
diminuíram com o uso do filtro.
Fotografias
sem o filtro polarizador à esquerda, e com filtro, à direita, exibindo cores
mais vivas (Foto: Reprodução/Waterfall Picture Guide)
Configuração da câmera
Uma
das configurações mais recomendadas é utilizar uma ISO baixa (80 a 100), 0,8 de
segundo de exposição e pequenas aberturas, como a F11. Em câmeras compactas que
não permitem ajustes como velocidade do obturador e abertura, teste os modos
paisagem ou mesmo o automático, que define detecta de forma autônoma o
necessário para fotografar o ambiente. Nestes equipamentos, opte pela
configuração luz do dia, para obter cores naturais.
Fotografia de cascata em Bonito, com a configuração 0,8 de segundo,
F11 e ISO100 (Foto: Marcio Cabral)
“Receita
de bolo” para a foto perfeita não existe, já que a iluminação do local fará
toda a diferença. Dependendo do horário e das condições climáticas, você poderá
utilizar tempos de exposição maiores. Quanto maior o tempo de exposição, maior
será o aspecto “leitoso” da água.
Para
exposição maiores que 1 segundo, o tempo nublado pode ajudar a obter imagens
melhores do que com o tempo ensolarado. Isto porque o ambiente iluminado com a
luz solar pode tornar a imagem superexposta. Experimente configurações
diferentes e combinações com o tempo de exposição variando de 0,02 a 30
segundos.
Rio
fotografado com velocidades diferentes, a partir de 1/50 de segundo a 30
segundo (Foto: Alex Wise)
Composição
Na
composição com pessoas, inove. Diga não a fotos com o tradicional “joinha”
obstruindo a visualização da cachoeira. Também não é necessário que a pessoa
fotografada fique olhando para a câmera. Entre no clima e pose.
Caso
deseje obter o efeito “véu”, peça para as pessoas ficarem totalmente imóveis no
momento da fotografia.
Exemplo
de composição pobre à esquerda, e à direita um bom exemplo de enquadramento com
pessoa e efeito “véu” da água (Foto: Marcio Cabral)
Procure
também ângulos criativos e faça com que a vegetação e outros elementos (como
rochas e pedras) enriqueçam sua imagem.
À
esquerda, exemplo de composição pobre e à direita exemplo de uma boa composição
(Foto: Adriano Humaguchi)
Resultados
Confira
as fotografias que selecionamos para você, com as respectivas configurações utilizadas
pelos autores.
Fotografia
de cachoeira em Foz do Iguaçu, com o tempo de exposição de 0,6 de segundo, F/13
e ISO 50 (Foto: Marcio Cabral)
Fotografia
de uma cascata na Guatemala, com tempo de exposição de 1/8 de segundo, F16 e ISO
100 (Foto: Isac Goulart)
Fotografia
de cascata em Pirenópolis, com tempo de exposição de 0,8 de segundo, F22 e ISO
100 (Foto: Isac Goulart)
Quer
testar as configurações de sua câmera agora? Assista a este vídeo em resolução HD, maximize
em seu monitor e fotografe esta cachoeira virtual. Veja o teste que o Tech Tudo
fez fotografando um vídeo, com exposição de 2 segundos, F8 e ISO 80.
Fotografia
com efeito “véu” do vídeo de uma cachoeira à esquerda, e a imagem original do
vídeo à direita (Foto: Adriano Hamaguchi)
Cuidados com o equipamento
Fique
atento ao “spray” de água, comum em áreas próximas a cachoeiras. Não molhe suas
lentes e utilize os cases adequados e informações sobre o trajeto de suas
trilhas também são muito importantes.
Para
conhecer mais sobre os fotógrafos citados nesta matéria, confira a entrevista
que o Tech Tudo fez com Marcio Cabral. Você
também pode acessar os sites dos fotógrafos IsacGoulart, Marcio,
e Alex Wise.
Matéria
publicada no site: http://www.techtudo.com.br/
Por
ADRIANO HAMAGUCHI
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